Regionalismo goiense em grande jornada cultural
Grande jornada de fervor regionalista ocorreu no último dia 15, na Casa do Concelho de Góis, promovida pelo Conselho Regional, organizada pela aniversariante Sociedade de Melhoramentos da Roda Cimeira e apoiada pela Junta de Freguesia de Alvares, numa manifestação de entusiástico elan regionalista que soube ocupar e desempenhar bem o papel para que tinha sido convidada e que, por direito próprio lhe cabia.
Tudo era genuinamente beirão, começando pelas pessoas dentro do seu tagarelar e, sem nos darmos conta, dava-se uma desgarrada que resultava dum encontro inesperado misturado com o cheiro da chanfana com o apelativo aspecto do aferventado, ou com o brilho das filhós. Tudo presenteado pela colectividade que não se poupou a esforços para festejar condignamente os seus 80 anos de existência. A longa tarde avançava muito preenchida com momentos inesquecíveis, associados à prova dos sabores regionais, à degustação dos mesmos, ao requinte da sua exposição que traziam à memória os aromas da flor da urze, da flor da acácia e os sons dos silvos do vento. Numa palavra pode dizer-se que a nossa região esteve condignamente representada com a colaboração da Junta de Freguesia de Alvares no transporte das pessoas.
As forças vivas da região estiveram representadas por José de Carvalho da Assembleia Municipal e Helena Moniz da parte da Câmara Municipal; Dr. Vítor Duarte e Quim Mateus por parte da Junta de Freguesia de Alvares; Dr.ª Lurdes Castanheira da parte da ADIBER; pela Sociedade de M. de Roda Cimeira os Sr.s João Baeta e Jaime Carmo, pela Casa José Dias Santos e pelo Conselho Regional Dr. Luís Filipe que presidiu à mesa de honra.
Destas individualidades realçamos os seguintes apontamentos: o regozijo do Dr. Luís Martins e de José Dias Santos em terem a Casa cheia de gente que levou ao êxito deste evento; as palavras de satisfação do Dr, Vítor Duarte pelo momento de exaltação que se vivia e de Quim Mateus ao referir que nas colectividades são as pessoas que contam e só assim faz sentido; a lembrança de João Baeta dirigiu-se para a memória dos fundadores desta colectividade, para os quais pediu um minuto de silêncio e lembrou aos autarcas que aceitem as colectividades como parceiros sociais; Jaime do Carmo deu-se por satisfeito pelo êxito alcançado; Helena Moniz realçou a festa das Freguesias do Concelho; José de Carvalho valorizou o contributo das colectividades e o seu direito ao lugar de parceiros sociais; por último a Dr.ª Lurdes Castanheira relembrou a importância das colectividades, manifestou a sua simpatia por Roda Cimeira e deixou a boa nova do programa PRODEC. Todas estas intenções deixam adivinhar o advento de um novo ciclo de relações com as colectividades.
Houve também tempo e espaço para a poesia, tratada e analisada pelo Eng.º João Coelho que se deteve um pouco sobre a obra de Adriano Pacheco, deixando campo para que fossem lidos dez poemas inéditos, nas vozes de Marina Lopes, Filipa Victor, Ana Rita e do próprio autor que intervalaram e trouxeram alguma suavidade aos ouvidos dos presentes.
Mas este tipo de eventos, a música ocupa sempre o lugar de destaque ao alterar todo o ar formal e sisudo da plateia, a arrumação e a postura das coisas e das pessoas a partir do qual a agitação toma conta delas. Ninguém consegue ficar indiferente aos sons vibrantes e harmoniosos da concertina do Marcelo e seu grupo. A música e a sua presença em palco é algo que mexe com as pessoas e cativa a aderência do mais sorumbático cidadão. Para quem já esgravatou neste instrumento e conhece minimamente a sua técnica, não pode deixar de admirar a destreza dos executantes e a harmonia dos sons conseguidos.
Em traços muito largos foi assim que decorreram parte das festividades do regionalismo goiense e se homenageou o octogésimo aniversário da Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira que os ventos falarão dele. Pelo que o Conselho Regional regozija-se com as celebrações em curso e aguarda com expectativa outros desenvolvimentos que se perfilam no horizonte.
in Jornal de Arganil, de 20/11/2008
Tudo era genuinamente beirão, começando pelas pessoas dentro do seu tagarelar e, sem nos darmos conta, dava-se uma desgarrada que resultava dum encontro inesperado misturado com o cheiro da chanfana com o apelativo aspecto do aferventado, ou com o brilho das filhós. Tudo presenteado pela colectividade que não se poupou a esforços para festejar condignamente os seus 80 anos de existência. A longa tarde avançava muito preenchida com momentos inesquecíveis, associados à prova dos sabores regionais, à degustação dos mesmos, ao requinte da sua exposição que traziam à memória os aromas da flor da urze, da flor da acácia e os sons dos silvos do vento. Numa palavra pode dizer-se que a nossa região esteve condignamente representada com a colaboração da Junta de Freguesia de Alvares no transporte das pessoas.
As forças vivas da região estiveram representadas por José de Carvalho da Assembleia Municipal e Helena Moniz da parte da Câmara Municipal; Dr. Vítor Duarte e Quim Mateus por parte da Junta de Freguesia de Alvares; Dr.ª Lurdes Castanheira da parte da ADIBER; pela Sociedade de M. de Roda Cimeira os Sr.s João Baeta e Jaime Carmo, pela Casa José Dias Santos e pelo Conselho Regional Dr. Luís Filipe que presidiu à mesa de honra.
Destas individualidades realçamos os seguintes apontamentos: o regozijo do Dr. Luís Martins e de José Dias Santos em terem a Casa cheia de gente que levou ao êxito deste evento; as palavras de satisfação do Dr, Vítor Duarte pelo momento de exaltação que se vivia e de Quim Mateus ao referir que nas colectividades são as pessoas que contam e só assim faz sentido; a lembrança de João Baeta dirigiu-se para a memória dos fundadores desta colectividade, para os quais pediu um minuto de silêncio e lembrou aos autarcas que aceitem as colectividades como parceiros sociais; Jaime do Carmo deu-se por satisfeito pelo êxito alcançado; Helena Moniz realçou a festa das Freguesias do Concelho; José de Carvalho valorizou o contributo das colectividades e o seu direito ao lugar de parceiros sociais; por último a Dr.ª Lurdes Castanheira relembrou a importância das colectividades, manifestou a sua simpatia por Roda Cimeira e deixou a boa nova do programa PRODEC. Todas estas intenções deixam adivinhar o advento de um novo ciclo de relações com as colectividades.
Houve também tempo e espaço para a poesia, tratada e analisada pelo Eng.º João Coelho que se deteve um pouco sobre a obra de Adriano Pacheco, deixando campo para que fossem lidos dez poemas inéditos, nas vozes de Marina Lopes, Filipa Victor, Ana Rita e do próprio autor que intervalaram e trouxeram alguma suavidade aos ouvidos dos presentes.
Mas este tipo de eventos, a música ocupa sempre o lugar de destaque ao alterar todo o ar formal e sisudo da plateia, a arrumação e a postura das coisas e das pessoas a partir do qual a agitação toma conta delas. Ninguém consegue ficar indiferente aos sons vibrantes e harmoniosos da concertina do Marcelo e seu grupo. A música e a sua presença em palco é algo que mexe com as pessoas e cativa a aderência do mais sorumbático cidadão. Para quem já esgravatou neste instrumento e conhece minimamente a sua técnica, não pode deixar de admirar a destreza dos executantes e a harmonia dos sons conseguidos.
Em traços muito largos foi assim que decorreram parte das festividades do regionalismo goiense e se homenageou o octogésimo aniversário da Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira que os ventos falarão dele. Pelo que o Conselho Regional regozija-se com as celebrações em curso e aguarda com expectativa outros desenvolvimentos que se perfilam no horizonte.
in Jornal de Arganil, de 20/11/2008
Etiquetas: regionalismo, roda cimeira
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