sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Malfadados os que nasceram em Val-Boa

Na sua indesmentível sabedoria, o povo costuma dizer que "Toda a carta tem direito a resposta", ou seja. que por uma questão de princípios ou mesmo de educação, é louvável que se dê uma satisfação quando nos é proposto uma qualquer sugestão ou nos é feito um pedido, ainda que seja de uma simples esmola, mesmo que tenha de ser um "não".
Já por várias vezes aqui temos levantado algumas questões que, a nosso ver, traziam muitos benefícios para uma grande parte da população desta aldeia, sem grandes custos acrescidos, se tais questões tivessem a simpatia dos responsáveis da Freguesia e Concelho, ou fossem da autoria de outra pessoa, que não a de um simples munícipe que apenas tem o dever de pagar impostos.
Refiro-me como de outras vezes atrás, às necessidades públicas, já prometidas há muitos anos e que tanto beneficiavam a população da Aldeia.
Podem os responsáveis da Freguesia e Concelho ter a certeza de que prestariam um óptimo serviço à boa gente do lugar referido, pois a não darem ouvidos a estas tão badaladas necessidades, que tem sido solicitadas neste Jornal, dará a impressão de querer enterrar a cabeça na areia para não ver o que se passa a sua volta, como faz a avestruz.
Disponham-se os responsáveis a fazerem uma viagem por esta aldeia, para verem as necessidades que lá existem pois se o fizerem, verifiquem bem a razão que os assiste tantas vezes referidas e, mais, constatarão do desconforto dos malfadados habitantes.
Em anos passados havia um serviço chamado o "serviço braçal", que dava para reparar os caminhos para os pinhais e para as terras de amanho, que foi feito desse serviço, que era tão útil? Do nosso lado, oxalá que tenhamos paciência, fé e esperança; do lado de lá, esperemos que haja caridade.
Coimbra, 11 de Novembro de 2008
Fernando Alves Dias
in Jornal de Arganil, de 20/11/2008

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