Investigadores desenvolvem kit para detectar doença do pinheiro
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a desenvolver um kit que permitirá uma detecção precoce, e uma mais rápida resposta, para evitar a propagação do nemátode na madeira, actualmente a afectar pinhais na Lousã e Arganil
Isabel Abrantes, que lidera a equipa de investigação ligada aos departamentos de Zoologia e de Bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária de Coimbra, considera que este projecto possibilitará «uma resposta mais rápida e mais precoce» perante a doença do pinheiro.
A investigação, que é objecto de tese de doutoramento de um dos participantes, encontra-se em fase final e só a partir da publicação dos resultados é que se procurará uma parceria com a indústria com vista à produção e comercialização do kit para detecção e identificação do nemátode na madeira do pinheiro.
Segundo uma nota da assessoria de imprensa da FCTUC, nesta investigação foram utilizados nemátodes extraídos de amostras de madeira infectada, colhidas em pinheiros no distrito de Setúbal, para produzir anticorpos monoclonais específicos para o nemátode e desenvolver um teste de diagnóstico.
«Este teste permite identificar e quantificar o nemátode directamente na madeira de pinheiro, ou seja, sem recorrer a métodos de extracção, e também no insecto vector (Monochamus galloprovincialis) responsável pela transmissão do parasita de árvore para árvore», explica.
De acordo com a coordenadora da investigação, «os anticorpos têm a capacidade de reconhecer a superfície da cutícula dos nemátodes-alvo, permitindo desenvolver novas estratégias de diagnóstico a partir das sondas imunológicas obtidas. As metodologias utilizadas e desenvolvidas neste projecto serão ferramentas muito úteis principalmente para os técnicos e investigadores dos laboratórios de quarentena de nemátodes parasitas de plantas».
O nemátode – Isabel Abrantes precisou que a designação correcta deste agente patogénico do pinheiro-bravo é “nemátode” e não “nemátodo”, como tem sido escrito nos últimos dias – é causador da doença do pinheiro, cujo primeiro caso se registou em 1999 na península de Setúbal e nos últimos dias em pinhais no distrito de Coimbra, designadamente nas freguesias da Lousã e Sarzedo (Arganil).
«Após a detecção e identificação do nemátode, a única solução é o abate imediato das árvores e a sua destruição bem como dos sobrantes do abate, incluindo as lenhas, de acordo com a legislação em vigor», observa a professora catedrática da FCTUC.
Denominada “Utilização de anticorpos monoclonais na detecção, identificação e quantificação do nemátode-da-madeira-do-pinheiro, Bursaphelenchus xylophilus”, a investigação tem como objectivo desenvolver novas estratégias de diagnóstico do nemátode. Este será o tema de um encontro científico a decorrer em Coimbra, no Departamento de Zoologia da FCTUC, entre amanhã e quarta-feira. Promovido pelo Laboratório de Nematologia, o curso prático sobre investigação do agente causador da doença do pinheiro tem a participação de uma dezena de alunos de pós-graduações e alguns docentes de diferentes estabelecimentos do ensino superior.
O referido projecto de investigação foi realizado ao longo dos últimos três anos com a colaboração da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
in Diário de Coimbra, de 27/04/2008
Isabel Abrantes, que lidera a equipa de investigação ligada aos departamentos de Zoologia e de Bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola Superior Agrária de Coimbra, considera que este projecto possibilitará «uma resposta mais rápida e mais precoce» perante a doença do pinheiro.
A investigação, que é objecto de tese de doutoramento de um dos participantes, encontra-se em fase final e só a partir da publicação dos resultados é que se procurará uma parceria com a indústria com vista à produção e comercialização do kit para detecção e identificação do nemátode na madeira do pinheiro.
Segundo uma nota da assessoria de imprensa da FCTUC, nesta investigação foram utilizados nemátodes extraídos de amostras de madeira infectada, colhidas em pinheiros no distrito de Setúbal, para produzir anticorpos monoclonais específicos para o nemátode e desenvolver um teste de diagnóstico.
«Este teste permite identificar e quantificar o nemátode directamente na madeira de pinheiro, ou seja, sem recorrer a métodos de extracção, e também no insecto vector (Monochamus galloprovincialis) responsável pela transmissão do parasita de árvore para árvore», explica.
De acordo com a coordenadora da investigação, «os anticorpos têm a capacidade de reconhecer a superfície da cutícula dos nemátodes-alvo, permitindo desenvolver novas estratégias de diagnóstico a partir das sondas imunológicas obtidas. As metodologias utilizadas e desenvolvidas neste projecto serão ferramentas muito úteis principalmente para os técnicos e investigadores dos laboratórios de quarentena de nemátodes parasitas de plantas».
O nemátode – Isabel Abrantes precisou que a designação correcta deste agente patogénico do pinheiro-bravo é “nemátode” e não “nemátodo”, como tem sido escrito nos últimos dias – é causador da doença do pinheiro, cujo primeiro caso se registou em 1999 na península de Setúbal e nos últimos dias em pinhais no distrito de Coimbra, designadamente nas freguesias da Lousã e Sarzedo (Arganil).
«Após a detecção e identificação do nemátode, a única solução é o abate imediato das árvores e a sua destruição bem como dos sobrantes do abate, incluindo as lenhas, de acordo com a legislação em vigor», observa a professora catedrática da FCTUC.
Denominada “Utilização de anticorpos monoclonais na detecção, identificação e quantificação do nemátode-da-madeira-do-pinheiro, Bursaphelenchus xylophilus”, a investigação tem como objectivo desenvolver novas estratégias de diagnóstico do nemátode. Este será o tema de um encontro científico a decorrer em Coimbra, no Departamento de Zoologia da FCTUC, entre amanhã e quarta-feira. Promovido pelo Laboratório de Nematologia, o curso prático sobre investigação do agente causador da doença do pinheiro tem a participação de uma dezena de alunos de pós-graduações e alguns docentes de diferentes estabelecimentos do ensino superior.
O referido projecto de investigação foi realizado ao longo dos últimos três anos com a colaboração da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
in Diário de Coimbra, de 27/04/2008
Etiquetas: pinhal interior norte
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