quinta-feira, 24 de abril de 2008

Crianças exploraram o património religioso da vila


Para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o município de Góis a convite do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR, I. P.), e com a colaboração do Projecto Escolhas de Futuro, do Agrupamento de Escolas do concelho, da Santa Casa da Misericórdia e da Fábrica da Igreja Paroquial desenvolveram na passada sexta-feira, 18, um vasto programa de actividades. Sob o tema “Património Religioso e Espaços Sagrados” e destinado ao público escolar E.B.2,3 de Góis (2º e 3º ciclos) e público em geral, a iniciativa pretendeu dar a conhecer à comunidade, nomeadamente às camadas mais jovens, “o património religioso” de um modo “salutar, atraente e divertido”, bem como “sensibilizar a população para a importância da salvaguarda e valorização do património edificado religioso de Góis”. As actividades desenrolaram-se durante o dia, sendo que da parte de manhã as crianças do 1.º ciclo assistiram a uma explanação relativa às igrejas e capelas da localidade e fizeram desenhos em papel de cenário, enquanto que o pré‑escolar pintou desenhos dos referidos monumentos. Participaram nesta acção um total de 80 crianças. Durante a tarde estava previsto a realização de um peddy paper subordinado ao tema "Conhecer o Património Religioso da Vila de Góis", através de uma visita às igrejas, para os alunos do 2.º e 3.º ciclos, mas devido às más condições atmosféricas que se fizeram sentir, decidiu-se fazer a actividade na Biblioteca Municipal Francisco Barata, em forma de questionário e com o auxílio de panfletos e livros relacionados com o assunto, contou em declarações ao nosso jornal a arqueóloga do município, Ana Sá. Alguns dos monumentos e espaços que os pequenos ficaram a conhecer foram a capela do mártir S. Sebastião, datada do séc. XVIII, a capela do Castelo (séculos XVI-XX), a capela do Espírito Santo (séc. XVI), igreja da Misericórdia (séc. XVI), igreja matriz (séculos XBI-XIX) e capela de Santo António (séculos XVI-XVIII).
De acordo com a coordenadora do projecto Escolhas de Futuro, Liliana Temprilho as crianças manifestaram-se sempre muito "participativas" nas diversas actividades, que aerviram de alguma forma para "aprenderem brincando a memorizar o nome de todas as capelas e igrejas do concelho" fora de uma sala de aulas. "É mais difícil memorizarem na escola tudo", entende a responsável, referindo que o facto de estarem com pessoas diferentes do seu dia-a-dia e elucidá-las da importância do dia que "é internacional e dizer que em todo o mundo outras pessoas e outras crianças estão a comemorar" é sempre "mais aliciante".
Susana Duarte
in A Comarca de Arganil, de 24/04/2008

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