Conterrâneos habitualmente ausentes estão a chegar
Enquanto uns terminam as suas férias, a maior parte dos nossos conterrâneos habitualmente ausentes e dos nossos emigrantes estão de regresso às suas terras de origem para um período de descanso, matar saudades da família e dos amigos que ficaram, para convívio, para as festas que acontecem um pouco por toda a parte.
E as nossas vilas, sobretudo as nossas aldeias, voltam a ganhar vida. Uma vida que outrora, num passado já muito distante já tiveram mas que se foi perdendo, a pouco e pouco, quando a maior parte dos seus filhos teve de as abandonar à procura de melhor futuro para si e para os seus em terras longínquas, um pouco por toda a parte, quer no país quer no estrangeiro, mas sem nunca esquecer as suas origens, as suas raízes, que ficaram no pedaço de chão que um dia os viu nascer.
E ao partir quantas lágrimas vertidas. Quantas saudades levaram consigo. Mas acabava por ser maior a força do querer vencer na vida. E mesmo comendo, tantas vezes, o pão que o diabo amassou, a maior parte dos nossos conterrâneos encontrou noutras paragens o futuro que a sua terra lhe negou ou não lhe poderia dar. E foi a desertificação, contrariada agora com tanta vida, tanto movimento, tantas festas, porque em cada lugar, em cada aldeia, continua a honrar-se o padroeiro, a reviver-se a tradição. É tudo isto, todos os valores de antanho se foram transmitindo de pais para filhos, aos mais novos, muitos dos quais nascidos noutras terras, mas que consideram como suas as terras de seus progenitores.
E é bonito ver muitos deles, dos mais jovens, já empenhados, envolvidos mesmo, no Regionalismo, na organização das festas, dando a sua contribuição para que a sua aldeia, a sua vila, continue viva apesar da realidade (triste realidade) de um esquecimento do interior do país que ao longo dos anos se foi instalando por parte daqueles que tinham e têm obrigação de olhar o país como um todo e onde todos deveriam ter as mesmas obrigações mas também as mesmas oportunidades.
Mas infelizmente ontem não foi assim e hoje assim continua, mas continuam, apesar de tantos anos passados, a diferença, as injustiças, o sentimento generalizado de que quem não é por mim é contra mim, sendo já tempo de cada qual poder livremente expressar as suas ideias e dar as mãos, seguindo o exemplo dos nossos conterrâneos ausentes, dos nossos emigrantes, no amor à terra, aos seus e quer lá longe, quer ao chegar, todos se envolvem num abraço sincero de muita amizade e de união, afinal o segredo para o desenvolvimento das terras, das regiões e do país.
Um abraço no qual gostosamente nos envolvemos, ao mesmo tempo que saudamos com muita amizade todos os nossos conterrâneos e amigos habitualmente ausentes e a quem damos as boas-vindas e desejamos umas óptimas férias.
in A Comarca de Arganil, de 31/07/2007
E as nossas vilas, sobretudo as nossas aldeias, voltam a ganhar vida. Uma vida que outrora, num passado já muito distante já tiveram mas que se foi perdendo, a pouco e pouco, quando a maior parte dos seus filhos teve de as abandonar à procura de melhor futuro para si e para os seus em terras longínquas, um pouco por toda a parte, quer no país quer no estrangeiro, mas sem nunca esquecer as suas origens, as suas raízes, que ficaram no pedaço de chão que um dia os viu nascer.
E ao partir quantas lágrimas vertidas. Quantas saudades levaram consigo. Mas acabava por ser maior a força do querer vencer na vida. E mesmo comendo, tantas vezes, o pão que o diabo amassou, a maior parte dos nossos conterrâneos encontrou noutras paragens o futuro que a sua terra lhe negou ou não lhe poderia dar. E foi a desertificação, contrariada agora com tanta vida, tanto movimento, tantas festas, porque em cada lugar, em cada aldeia, continua a honrar-se o padroeiro, a reviver-se a tradição. É tudo isto, todos os valores de antanho se foram transmitindo de pais para filhos, aos mais novos, muitos dos quais nascidos noutras terras, mas que consideram como suas as terras de seus progenitores.
E é bonito ver muitos deles, dos mais jovens, já empenhados, envolvidos mesmo, no Regionalismo, na organização das festas, dando a sua contribuição para que a sua aldeia, a sua vila, continue viva apesar da realidade (triste realidade) de um esquecimento do interior do país que ao longo dos anos se foi instalando por parte daqueles que tinham e têm obrigação de olhar o país como um todo e onde todos deveriam ter as mesmas obrigações mas também as mesmas oportunidades.
Mas infelizmente ontem não foi assim e hoje assim continua, mas continuam, apesar de tantos anos passados, a diferença, as injustiças, o sentimento generalizado de que quem não é por mim é contra mim, sendo já tempo de cada qual poder livremente expressar as suas ideias e dar as mãos, seguindo o exemplo dos nossos conterrâneos ausentes, dos nossos emigrantes, no amor à terra, aos seus e quer lá longe, quer ao chegar, todos se envolvem num abraço sincero de muita amizade e de união, afinal o segredo para o desenvolvimento das terras, das regiões e do país.
Um abraço no qual gostosamente nos envolvemos, ao mesmo tempo que saudamos com muita amizade todos os nossos conterrâneos e amigos habitualmente ausentes e a quem damos as boas-vindas e desejamos umas óptimas férias.
in A Comarca de Arganil, de 31/07/2007
Etiquetas: regionalismo
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