Entrevista com Girão Vitorino a propósito do GóisArte, mas não só...
Começa hoje a 11.ª edição do GóisArte, um certame que há muito se tornou numa referência nacional e internacional. Cerca de 80 artistas participam nesta mostra de arte que há muito ultrapassou as fronteiras do país e que conta este ano com artistas de França, Espanha, Inglaterra, Holanda, Japão e Polónia. Dedicado desta vez a Monsenhor Nunes Pereira, um homem que foi um grande artista da região, o GóisArte promete atrair a Góis, não só de hoje a domingo mas até ao final do mês, largos milhares de visitantes. Em entrevista a “O Despertar”, José Girão Vitorino, presidente da Câmara de Góis, fala da importância deste certame, “o ponto mais alto da cultura concelhia”, ao mesmo tempo que dá a conhecer todas as potencialidades naturais deste concelho do Interior que oferece a quem o visita uma paisagem de rara beleza, serpenteada pelas praias fluviais que cortam a montanha e que atraem anualmente muitos milhares de turistas.
Começa hoje a 11.ª edição do GóisArte. O que é que os visitantes vão poder encontrar em Góis nos próximos três dias?
Este ano o GóisArte é dedicado ao Monsenhor Nunes Pereira, um homem da nossa região que foi um grande artista. Como tal, a Câmara Municipal dedica-lhe o certame. Além disso, vamos lançar também um livro da autoria da Dr.ª Ana Filomena Amaral, intitulado “A Coroa de Góis”. Trata-se de um livro muito virado para o que foi o início do GóisArte, que aborda algumas figuras ligadas ao certame, nomeadamente à falecida artista Alice Sande. A exposição é augurada hoje, a partir das 17 horas, na Casa do Artista, e para além do lançamento deste livro haverá um concerto de guitarra clássica (viola), com Silvestre Fonseca. O programa aposta, uma vez mais, na promoção de todo o concelho, daí que tenhamos eventos em todas as freguesias de Góis.
Quantos artistas é que vão estar presentes no GóisArte?
Vamos ter em Góis cerca de 80 expositores, nacionais e estrangeiros. Vamos ter artistas de França, Espanha, Inglaterra, Holanda, Japão e Polónia. Podemos dizer que é uma excelente representação estrangeira. Isto significa que o GóisArte ultrapassou há muito as fronteiras nacionais. Temos apostado bastante na sua promoção e temos cativado artistas de vários países que querem vir a Góis mostrar os seus trabalhos. Isso para nós é uma honra. Conseguimos fazer aqui uma mostra de arte já com um grande valor internacional. É grandioso. Vamos ter alguns pintores de Oroso, Galiza, porque vamos fazer uma geminação no domingo entre o município de Góis e esta vila da Galiza. Este será um dos pontos altos do nosso GóisArte. Trata-se de uma vila que fica perto de Santiago de Compustela e que é muito parecida com Góis.
“O GóisArte ultrapassou há muito
as fronteiras nacionais. Temos apostado
bastante na sua promoção e
temos cativado artistas de vários países”
Nos últimos anos tem havido um intercâmbio com Espanha, com a deslocação do GóisArte para aquele país…
Exactamente e vamos manter este intercâmbio. Nos últimos anos temos exposto em Poyo e este ano, em Agosto, vamos estar em Oroso. Por intermédio do pintor e escultor Armando Martinez conseguimos estabelecer uma boa relação com Orozo e vamos levar lá a exposição. Devido à semelhança nas características das duas terras, entendemos fazer a geminação entre Góis e Orozo.
O GóisArte vai para a 11.ª edição. Que balanço faz do percurso deste evento?
Faço um balanço muito positivo porque em cada ano tem havido uma acção diferente e temos sabido cativar todos os artistas que participam no GóisArte. São três dias em Góis, três dias de convívio e de partilha. É já uma espécie de reencontro. Os artistas sentem-se felizes por estarem aqui connosco. É um momento de confraternização. Há uma amizade que foi criada ao longo destas sessões. Os artistas que nos visitam gostam muito e vão passando a palavra a outros artistas que ficam desejosos de apresentar aos visitantes os seus trabalhos.
O GóisArte decorre numa altura em que muitos dos “filhos da terra” regressam ao município para o tão desejado período de descanso…
É verdade. Decorre também numa altura em que Góis recebe muitos turistas. Portanto, é a altura ideal. Nesta altura temos um elevado número de turistas em Góis que gostam e que apreciam esta exposição. Para além destes três dias do GóisArte, a exposição mantém-se até ao final do mês na Casa do Artista, mais precisamente até ao dia 29. Pode ser apreciada por todos, tanto pela população como pelos turistas. Este evento é para nós uma grande aposta, uma aposta que promovemos cada vez com mais motivação. Este ano conseguimos levar às cinco freguesias espectáculos, o que nos permite divulgar ainda mais o GóisArte ao nível concelhio. Este programa foi muito bem aceite pelas cinco freguesias e acredito que o GóisArte está completamente afirmado e é uma marca em Góis. Acabar com o GóisArte seria acabar com o ponto mais alto da cultura municipal. Nota-se que, de ano para ano, o evento tem tido grande evolução. Penso que estamos todos no bom caminho.
“O GóisArte está completamente
afirmado e é uma marca em Góis.”
O sucesso deste evento passa também, de alguma forma, pelas atracções naturais de Góis?
Sem dúvida. Nós, de dia para dia e de ano para ano, apesar das nossas restrições orçamentais, continuamos a apostar e queremos apostar muito mais na parte da cultura. O Museu do Ceira, o Museu de Góis, o Museu Alice Sande, a Casa da Cultura são alguns dos projectos que estão a avançar. Há candidaturas para ser apresentadas e tudo depende agora do novo quadro comunitário. É uma luta e eu gostaria de nos próximos dois anos avançar e ter já alguns destes projectos comparticipados. O projecto da Casa da Cultura envolve cerca de 2,5 milhões de euros. Tudo isto é uma aspiração e são projectos que Góis merece.
Góis tem um património natural inestimável. As praias fluviais são alguns dos “ex-libris” deste concelho…
Sem dúvida. As nossas praias fluviais são lindíssimas. As águas são transparentes e têm uma óptima qualidade. Temos a praia de Canaveias com a Bandeira Acessível e só não temos a mesma bandeira na Praia da Peneda porque, apesar de ter uma água extraordinária, ainda apresenta algumas dificuldades para uma pessoa portadora de uma deficiência motora chegar à água. Devido às intempéries do último Inverno tivemos que alterar o nosso projecto. Queremos fazer a ligação entre a praia da Peneda e a praia do Pego Escuro mas ainda não o conseguimos fazer. Vamos tentar lançar o concurso. Também não tivemos tempo para recuperar a Praia do Pego Escuro e só podemos fazer obras de recuperação em Setembro, depois da época balnear. As nossas praias são paradisíacas, são belíssimas, com água de muito boa qualidade e muito aprazíveis. A Praia da Peneda, por exemplo, é visitada por milhares de pessoas. Depois também temos o Parque do Cerejal, um parque lindíssimo, conhecido de todos, com árvores frondosas, com muita frescura e com uma praia com água de muito boa qualidade. Tem muito estacionamento e é muito procurado, é muito propício para piqueniques.
“As nossas praias são paradisíacas,
são belíssimas, com água de
muito boa qualidade e muito aprazíveis.”
A autarquia tem apostado também nas boas acessibilidades ao concelho, de forma a combater a desertificação…
Nós continuamos a lutar pelas boas acessibilidades. Uma boa estrada, uma boa rede viária é meio caminho andado para o desenvolvimento do concelho. Um concelho como o de Góis, que durante anos esteve estagnado com falta de uma boa rede viária, é um concelho que não se pode desenvolver. Neste momento nós temos uma boa esperança. Temos já uma boa acessibilidade entre a Lousã e Arganil, com bom piso. Mas para podermos ter a certeza e confiarmos no Governo a estrada 342 tem mesmo que ser uma realidade porque sem essa estrada principal não há possibilidade do nosso desenvolvimento. Em todos os aspectos, comercial, industrial, turístico. Góis e os concelhos que integram a Associação Nacional de Municípios do Pinhal Interior Norte lutam em conjunto por esta boa acessibilidade entre todos os concelhos. Penso que o novo quadro comunitário vai ser uma mais valia para toda esta zona, espero bem que os nossos projectos e aspirações sejam uma realidade e que Góis possa dar mais um passo em frente. É essa a nossa luta. Gostaríamos que houvesse mais fixação de jovens e isso passa tudo, no meu entender, por uma boa rede viária. Infelizmente a estrada entre Góis e Vila Nova de Poiares é uma estrada municipal, que passou para o domínio das autarquias, e eu tenho um grande receio de que, mais ano menos ano, as autarquias não tenham capacidade financeira para a sua manutenção. Em relação ao IC8 está mais ou menos aceitável, o que quer dizer que é mais uma entrada e saída para o concelho de Góis, que é um concelho que vale a pena visitar. As pessoas que visitam as nossas aldeias de xisto e as nossas praias sentem que vale a pena vir a Góis. Criar boas acessibilidades entre as nossas aldeias de xisto é outra das nossas prioridades. Neste momento o mau piso não facilita mas estamos a preparar uma candidatura para ainda este ano metermos um tapete de ligação entre as aldeias. Contamos que este ano esta obra fique realizada. As nossas aldeias de xisto são também uma das nossas riquezas, queremos apostar na sua divulgação porque é isto que as pessoas procuram.
“Uma boa estrada, uma boa
rede viária é meio caminho
andado para o desenvolvimento do concelho.”
Acha que as pessoas procuram hoje um outro tipo de destino turístico?
Completamente. Hoje as pessoas gostam do turismo de natureza, gostam deste ambiente calmo, tranquilo. Vale a pena visitar Góis. Nós vivemos aqui, muitas vezes não nos apercebemos das belezas naturais que ainda temos, de que podemos desfrutar. A mensagem de quem nos visita é muito motivadora porque as pessoas dão-nos os parabéns pelo que temos, pela forma como as coisas se mantém e é pena que ainda seja desconhecido de muita gente. Eu costumo dizer que Góis está tão perto e tão longe de Coimbra. Há muita gente que desconhece Góis e quando chega aqui fica encantado.
Agosto é um dos meses mais altos do concelho…
Sem dúvida. Temos as festas concelhias, que integram a Facig – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Góis - e a concentração motard. Vêm aqui mais de 30 mil pessoas só com a concentração motard. Para além disso é o regresso dos nossos emigrantes e é o mês em que mais turistas nos visitam. As pessoas ficam encantadas com a beleza natural do concelho e com os próprios habitantes, pelo seu bem receber. Isto dá-nos força para lutarmos cada vez mais pelo nosso concelho e pela sua divulgação. Tentamos fazer tudo o que é possível para receber esses milhares de pessoas que vêm até nós.
André Pereira
in O Despertar, de 13/07/2007
Começa hoje a 11.ª edição do GóisArte. O que é que os visitantes vão poder encontrar em Góis nos próximos três dias?
Este ano o GóisArte é dedicado ao Monsenhor Nunes Pereira, um homem da nossa região que foi um grande artista. Como tal, a Câmara Municipal dedica-lhe o certame. Além disso, vamos lançar também um livro da autoria da Dr.ª Ana Filomena Amaral, intitulado “A Coroa de Góis”. Trata-se de um livro muito virado para o que foi o início do GóisArte, que aborda algumas figuras ligadas ao certame, nomeadamente à falecida artista Alice Sande. A exposição é augurada hoje, a partir das 17 horas, na Casa do Artista, e para além do lançamento deste livro haverá um concerto de guitarra clássica (viola), com Silvestre Fonseca. O programa aposta, uma vez mais, na promoção de todo o concelho, daí que tenhamos eventos em todas as freguesias de Góis.
Quantos artistas é que vão estar presentes no GóisArte?
Vamos ter em Góis cerca de 80 expositores, nacionais e estrangeiros. Vamos ter artistas de França, Espanha, Inglaterra, Holanda, Japão e Polónia. Podemos dizer que é uma excelente representação estrangeira. Isto significa que o GóisArte ultrapassou há muito as fronteiras nacionais. Temos apostado bastante na sua promoção e temos cativado artistas de vários países que querem vir a Góis mostrar os seus trabalhos. Isso para nós é uma honra. Conseguimos fazer aqui uma mostra de arte já com um grande valor internacional. É grandioso. Vamos ter alguns pintores de Oroso, Galiza, porque vamos fazer uma geminação no domingo entre o município de Góis e esta vila da Galiza. Este será um dos pontos altos do nosso GóisArte. Trata-se de uma vila que fica perto de Santiago de Compustela e que é muito parecida com Góis.
“O GóisArte ultrapassou há muito
as fronteiras nacionais. Temos apostado
bastante na sua promoção e
temos cativado artistas de vários países”
Nos últimos anos tem havido um intercâmbio com Espanha, com a deslocação do GóisArte para aquele país…
Exactamente e vamos manter este intercâmbio. Nos últimos anos temos exposto em Poyo e este ano, em Agosto, vamos estar em Oroso. Por intermédio do pintor e escultor Armando Martinez conseguimos estabelecer uma boa relação com Orozo e vamos levar lá a exposição. Devido à semelhança nas características das duas terras, entendemos fazer a geminação entre Góis e Orozo.
O GóisArte vai para a 11.ª edição. Que balanço faz do percurso deste evento?
Faço um balanço muito positivo porque em cada ano tem havido uma acção diferente e temos sabido cativar todos os artistas que participam no GóisArte. São três dias em Góis, três dias de convívio e de partilha. É já uma espécie de reencontro. Os artistas sentem-se felizes por estarem aqui connosco. É um momento de confraternização. Há uma amizade que foi criada ao longo destas sessões. Os artistas que nos visitam gostam muito e vão passando a palavra a outros artistas que ficam desejosos de apresentar aos visitantes os seus trabalhos.
O GóisArte decorre numa altura em que muitos dos “filhos da terra” regressam ao município para o tão desejado período de descanso…
É verdade. Decorre também numa altura em que Góis recebe muitos turistas. Portanto, é a altura ideal. Nesta altura temos um elevado número de turistas em Góis que gostam e que apreciam esta exposição. Para além destes três dias do GóisArte, a exposição mantém-se até ao final do mês na Casa do Artista, mais precisamente até ao dia 29. Pode ser apreciada por todos, tanto pela população como pelos turistas. Este evento é para nós uma grande aposta, uma aposta que promovemos cada vez com mais motivação. Este ano conseguimos levar às cinco freguesias espectáculos, o que nos permite divulgar ainda mais o GóisArte ao nível concelhio. Este programa foi muito bem aceite pelas cinco freguesias e acredito que o GóisArte está completamente afirmado e é uma marca em Góis. Acabar com o GóisArte seria acabar com o ponto mais alto da cultura municipal. Nota-se que, de ano para ano, o evento tem tido grande evolução. Penso que estamos todos no bom caminho.
“O GóisArte está completamente
afirmado e é uma marca em Góis.”
O sucesso deste evento passa também, de alguma forma, pelas atracções naturais de Góis?
Sem dúvida. Nós, de dia para dia e de ano para ano, apesar das nossas restrições orçamentais, continuamos a apostar e queremos apostar muito mais na parte da cultura. O Museu do Ceira, o Museu de Góis, o Museu Alice Sande, a Casa da Cultura são alguns dos projectos que estão a avançar. Há candidaturas para ser apresentadas e tudo depende agora do novo quadro comunitário. É uma luta e eu gostaria de nos próximos dois anos avançar e ter já alguns destes projectos comparticipados. O projecto da Casa da Cultura envolve cerca de 2,5 milhões de euros. Tudo isto é uma aspiração e são projectos que Góis merece.
Góis tem um património natural inestimável. As praias fluviais são alguns dos “ex-libris” deste concelho…
Sem dúvida. As nossas praias fluviais são lindíssimas. As águas são transparentes e têm uma óptima qualidade. Temos a praia de Canaveias com a Bandeira Acessível e só não temos a mesma bandeira na Praia da Peneda porque, apesar de ter uma água extraordinária, ainda apresenta algumas dificuldades para uma pessoa portadora de uma deficiência motora chegar à água. Devido às intempéries do último Inverno tivemos que alterar o nosso projecto. Queremos fazer a ligação entre a praia da Peneda e a praia do Pego Escuro mas ainda não o conseguimos fazer. Vamos tentar lançar o concurso. Também não tivemos tempo para recuperar a Praia do Pego Escuro e só podemos fazer obras de recuperação em Setembro, depois da época balnear. As nossas praias são paradisíacas, são belíssimas, com água de muito boa qualidade e muito aprazíveis. A Praia da Peneda, por exemplo, é visitada por milhares de pessoas. Depois também temos o Parque do Cerejal, um parque lindíssimo, conhecido de todos, com árvores frondosas, com muita frescura e com uma praia com água de muito boa qualidade. Tem muito estacionamento e é muito procurado, é muito propício para piqueniques.
“As nossas praias são paradisíacas,
são belíssimas, com água de
muito boa qualidade e muito aprazíveis.”
A autarquia tem apostado também nas boas acessibilidades ao concelho, de forma a combater a desertificação…
Nós continuamos a lutar pelas boas acessibilidades. Uma boa estrada, uma boa rede viária é meio caminho andado para o desenvolvimento do concelho. Um concelho como o de Góis, que durante anos esteve estagnado com falta de uma boa rede viária, é um concelho que não se pode desenvolver. Neste momento nós temos uma boa esperança. Temos já uma boa acessibilidade entre a Lousã e Arganil, com bom piso. Mas para podermos ter a certeza e confiarmos no Governo a estrada 342 tem mesmo que ser uma realidade porque sem essa estrada principal não há possibilidade do nosso desenvolvimento. Em todos os aspectos, comercial, industrial, turístico. Góis e os concelhos que integram a Associação Nacional de Municípios do Pinhal Interior Norte lutam em conjunto por esta boa acessibilidade entre todos os concelhos. Penso que o novo quadro comunitário vai ser uma mais valia para toda esta zona, espero bem que os nossos projectos e aspirações sejam uma realidade e que Góis possa dar mais um passo em frente. É essa a nossa luta. Gostaríamos que houvesse mais fixação de jovens e isso passa tudo, no meu entender, por uma boa rede viária. Infelizmente a estrada entre Góis e Vila Nova de Poiares é uma estrada municipal, que passou para o domínio das autarquias, e eu tenho um grande receio de que, mais ano menos ano, as autarquias não tenham capacidade financeira para a sua manutenção. Em relação ao IC8 está mais ou menos aceitável, o que quer dizer que é mais uma entrada e saída para o concelho de Góis, que é um concelho que vale a pena visitar. As pessoas que visitam as nossas aldeias de xisto e as nossas praias sentem que vale a pena vir a Góis. Criar boas acessibilidades entre as nossas aldeias de xisto é outra das nossas prioridades. Neste momento o mau piso não facilita mas estamos a preparar uma candidatura para ainda este ano metermos um tapete de ligação entre as aldeias. Contamos que este ano esta obra fique realizada. As nossas aldeias de xisto são também uma das nossas riquezas, queremos apostar na sua divulgação porque é isto que as pessoas procuram.
“Uma boa estrada, uma boa
rede viária é meio caminho
andado para o desenvolvimento do concelho.”
Acha que as pessoas procuram hoje um outro tipo de destino turístico?
Completamente. Hoje as pessoas gostam do turismo de natureza, gostam deste ambiente calmo, tranquilo. Vale a pena visitar Góis. Nós vivemos aqui, muitas vezes não nos apercebemos das belezas naturais que ainda temos, de que podemos desfrutar. A mensagem de quem nos visita é muito motivadora porque as pessoas dão-nos os parabéns pelo que temos, pela forma como as coisas se mantém e é pena que ainda seja desconhecido de muita gente. Eu costumo dizer que Góis está tão perto e tão longe de Coimbra. Há muita gente que desconhece Góis e quando chega aqui fica encantado.
Agosto é um dos meses mais altos do concelho…
Sem dúvida. Temos as festas concelhias, que integram a Facig – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Góis - e a concentração motard. Vêm aqui mais de 30 mil pessoas só com a concentração motard. Para além disso é o regresso dos nossos emigrantes e é o mês em que mais turistas nos visitam. As pessoas ficam encantadas com a beleza natural do concelho e com os próprios habitantes, pelo seu bem receber. Isto dá-nos força para lutarmos cada vez mais pelo nosso concelho e pela sua divulgação. Tentamos fazer tudo o que é possível para receber esses milhares de pessoas que vêm até nós.
André Pereira
in O Despertar, de 13/07/2007
Etiquetas: facig, fotografia, góis, góisarte, josé girão vitorino, turismo
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