“Monsenhor Nunes Pereira: percursos de uma vida”
A Casa do Artista de Góis assinala o centenário de Monsenhor com uma exposição fotográfica da autoria de José Maria Pimentel a mostra intitulada “ Monsenhor Nunes Pereira: O percurso de uma vida”
Criada com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Centro, a mostra vai estar em Góis ate 17 de Junho seguindo depois para o concelho de Arganil onde é apoiada pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia de Coja, (29 de Junho a 15 de Julho). Posteriormente vai estar no concelho natal de Monsenhor Nunes Pereira, Pampilhosa da Serra, (27 de Julho a 15 de Agosto) e por último, vai ainda ficar patente nos municípios de Montemor-o-Velho, (1 de Setembro a 16 de Setembro) e em Coimbra (27 de Setembro a 17 de Outubro), contando em todos estes municípios com o apoio das respectivas edilidades e também com o apoio do INATEL.
A cerimónia de inauguração na Casa do Artista em Góis teve lugar na passada sexta-feira e deixou «muito satisfeita» a vice-presidente da autarquia Goiense pela «inclusão de Góis no roteiro definido para a homenagem a tão ilustre figura da nossa cultura regional, cujo génio ultrapassou fronteiras».
Segundo Helena Moniz o município «orgulha-se» de participar na iniciativa de comemorar o centenário do nascimento de Monsenhor Nunes Pereira, «um ilustre filho da Beira Serra» que percorreu, «ao longo da sua vida, muitas vezes os caminhos do concelho de Góis criando aqui laços afectivos com as pessoas».
A arte de Monsenhor Nunes Pereira, «o padre, o artista, o jornalista, o pedagogo», representou e, de acordo com a vice-presidente, «representará sempre a materialização artística da história, das raízes, do amor à terra que nos viu nascer», recordando desta forma a «marca» que também deixou no concelho de Góis.
«Decidiu captar a paisagem deslumbrante da ponte antiga de Góis, e também deixou marca na Capela de Ponte Sótão, através dos seus belíssimos vitrais». Além disso, segundo Helena Moniz, Góis «ainda lhe agradece alguns trabalhos de investigação arqueológica como é o caso da Pedra Letreira, na freguesia de Alvares».
António Pedro Pita, tem no entanto, «sérias dúvidas se fomos justos relativamente à dimensão da obra» de Monsenhor Nunes Pereira, justificando essas incertezas com o simples facto de que na sua opinião, «duvida-se sobre o efectivo conhecimento de personalidades e principalmente das obras daquelas pessoas que conhecemos com muita proximidade», pois «a proximidade perturba e dá um conhecimento imaginário».
O director Regional de Cultura do Centro lembra também que as «imagens que estão aqui e muitas outras fazem parte de uma obra magnifica editada há já alguns anos», acrescentando no entanto que «o nosso propósito foi construir com imagens publicadas uma exposição inédita».
Tratava-se segundo António Pedro Pita de «dar a ver aquilo que nós nunca vimos no que realmente vimos», afirmando que a «fotografia tem um pacto com o futuro», como tal «quando nenhum de nós for vivo e estas fotografias sobreviverem, quando a sua memoria for mais velada do que é hoje o que encontraremos em fotos como estas é o que é verdadeiramente um olhar, o que é o trabalho de mão, o tocar do objecto», pois recorda «isso é o que temos em muitas destas imagens».
Por seu lado, para José Maria Pimentel, Monsenhor Nunes Pereira, «continua vivo através disto», considerando que o artista «foi um exemplo para todos nós». O autor da exposição afirma que apesar desta exposição já ter sido apresentada em Coimbra há cerca de seis anos atrás «em Góis acabou por ser montada de uma forma que tem mais a ver com o Monsenhor, porque foi sempre assim que o conheci, este espaço tem muito a ver com ele e com algumas fotografias que estão aqui expostas», explica o fotógrafo.
O exemplo de Nunes Pereira é o que Pimental chama de «viver até ao fim», pois acrescenta, «ele trabalhou por paixão a fazer o que gostava até ao fim da sua vida, isso é um exemplo para nós e é um exemplo de vida que está nestas imagens».
No final desta inauguração teve ainda lugar a visualização de um filme dedicado a «um Padre e um artista, das raízes de Fajão à Oficina-Museu em Coimbra», tendo sido em seguida celebrada uma missa de sufrágio em memória do artista.
in Diário de Coimbra, de 3/06/2007
Fotografia: Jornal de Arganil
Criada com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Centro, a mostra vai estar em Góis ate 17 de Junho seguindo depois para o concelho de Arganil onde é apoiada pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia de Coja, (29 de Junho a 15 de Julho). Posteriormente vai estar no concelho natal de Monsenhor Nunes Pereira, Pampilhosa da Serra, (27 de Julho a 15 de Agosto) e por último, vai ainda ficar patente nos municípios de Montemor-o-Velho, (1 de Setembro a 16 de Setembro) e em Coimbra (27 de Setembro a 17 de Outubro), contando em todos estes municípios com o apoio das respectivas edilidades e também com o apoio do INATEL.
A cerimónia de inauguração na Casa do Artista em Góis teve lugar na passada sexta-feira e deixou «muito satisfeita» a vice-presidente da autarquia Goiense pela «inclusão de Góis no roteiro definido para a homenagem a tão ilustre figura da nossa cultura regional, cujo génio ultrapassou fronteiras».
Segundo Helena Moniz o município «orgulha-se» de participar na iniciativa de comemorar o centenário do nascimento de Monsenhor Nunes Pereira, «um ilustre filho da Beira Serra» que percorreu, «ao longo da sua vida, muitas vezes os caminhos do concelho de Góis criando aqui laços afectivos com as pessoas».
A arte de Monsenhor Nunes Pereira, «o padre, o artista, o jornalista, o pedagogo», representou e, de acordo com a vice-presidente, «representará sempre a materialização artística da história, das raízes, do amor à terra que nos viu nascer», recordando desta forma a «marca» que também deixou no concelho de Góis.
«Decidiu captar a paisagem deslumbrante da ponte antiga de Góis, e também deixou marca na Capela de Ponte Sótão, através dos seus belíssimos vitrais». Além disso, segundo Helena Moniz, Góis «ainda lhe agradece alguns trabalhos de investigação arqueológica como é o caso da Pedra Letreira, na freguesia de Alvares».
António Pedro Pita, tem no entanto, «sérias dúvidas se fomos justos relativamente à dimensão da obra» de Monsenhor Nunes Pereira, justificando essas incertezas com o simples facto de que na sua opinião, «duvida-se sobre o efectivo conhecimento de personalidades e principalmente das obras daquelas pessoas que conhecemos com muita proximidade», pois «a proximidade perturba e dá um conhecimento imaginário».
O director Regional de Cultura do Centro lembra também que as «imagens que estão aqui e muitas outras fazem parte de uma obra magnifica editada há já alguns anos», acrescentando no entanto que «o nosso propósito foi construir com imagens publicadas uma exposição inédita».
Tratava-se segundo António Pedro Pita de «dar a ver aquilo que nós nunca vimos no que realmente vimos», afirmando que a «fotografia tem um pacto com o futuro», como tal «quando nenhum de nós for vivo e estas fotografias sobreviverem, quando a sua memoria for mais velada do que é hoje o que encontraremos em fotos como estas é o que é verdadeiramente um olhar, o que é o trabalho de mão, o tocar do objecto», pois recorda «isso é o que temos em muitas destas imagens».
Por seu lado, para José Maria Pimentel, Monsenhor Nunes Pereira, «continua vivo através disto», considerando que o artista «foi um exemplo para todos nós». O autor da exposição afirma que apesar desta exposição já ter sido apresentada em Coimbra há cerca de seis anos atrás «em Góis acabou por ser montada de uma forma que tem mais a ver com o Monsenhor, porque foi sempre assim que o conheci, este espaço tem muito a ver com ele e com algumas fotografias que estão aqui expostas», explica o fotógrafo.
O exemplo de Nunes Pereira é o que Pimental chama de «viver até ao fim», pois acrescenta, «ele trabalhou por paixão a fazer o que gostava até ao fim da sua vida, isso é um exemplo para nós e é um exemplo de vida que está nestas imagens».
No final desta inauguração teve ainda lugar a visualização de um filme dedicado a «um Padre e um artista, das raízes de Fajão à Oficina-Museu em Coimbra», tendo sido em seguida celebrada uma missa de sufrágio em memória do artista.
in Diário de Coimbra, de 3/06/2007
Fotografia: Jornal de Arganil
Etiquetas: góis, nunes pereira
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