quinta-feira, 10 de maio de 2007

Sensualidades, de Abílio Bandeira Cardoso

Sensual, és espera, fácil seres
Ânsia na luz que nem sequer se apaga
Nos negros trajes que o teu corpo traga
Bebendo o mel que brota em teus poderes

Nos saltos altos cresces sem cresceres
Aos canos altos sobra o que te afaga
Meu nu olhar lambe a pele que esmaga
Minha inocência moura em véus prazeres

Subo o olhar e estou subindo a roupa
Deixo-te nua à mão de minha boca
Rasgo-te... só nos vãos do meu desejo

Sensual abres-te na roupa pouca
Que sobra à força que por ti latejo.
És sensual, não é falta de pejo…

Abílio Bandeira Cardoso

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