segunda-feira, 14 de maio de 2007

Colmeal foi ao Douro vinhateiro

Um espectacular cruzeiro no rio Douro, no quente e azul fim-de-semana de 5 e 6 de Maio, deixou maravilhados seis dezenas de participantes em mais uma iniciativa da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.


Para todos aqueles que não conseguiram assegurar um lugar, fica já a promessa de que iremos estudar a possibilidade de repetir este passeio.
Ao longo de todo o percurso fomos ouvindo atentamente as explicações que a guia exclusiva deste grupo nos ia transmitindo. Mal o autocarro partiu de Sete Rios ficámos a saber as origens de Lisboa, dos seus bairros, dos seus povoadores, da sua reconstrução após o terramoto e do porquê de os lisboetas serem conhecidos por “alfacinhas”.
Com uma naturalidade impressionante que a todos cativava e à medida que na A1 íamos ultrapassando localidades como Santarém, Tomar ou Coimbra até ao almoço em Viseu, após uma visita ao centro histórico, a nossa atenção centrava-se nas explicações dadas e na contemplação dos monumentos, entre os quais se distinguia a Sé, com mais de oito séculos.
Após a refeição no Hotel Grão Vasco, continuámos em direcção a Lamego, importante cidade do interior norte, onde foi possível fazer um circuito e admirar entre outros o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e a Sé Catedral, construção do século XII.
Depois, pelo vale do rio Varosa, prosseguimos para Vila Real, com paragem nas Caves Santa Marta em Santa Marta de Penaguião, que são a maior estrutura cooperativa do Douro e onde nos foi dado conhecer como se fabrica o Vinho do Porto, o Vinho do Douro, os espumantes e as aguardentes velhas. A visita à destilaria com os seus imponentes alambiques de cobre foi seguida com muito interesse e culminou com uma prova de vinhos.
De Peso da Régua à Estalagem do Paço, casa senhorial do século XVIII, perfeitamente enquadrada na paisagem envolvente e com uma esplêndida vista, foi um saltinho. O jantar foi excelente, tal como já havia sido o almoço em Viseu.
Na manhã seguinte, após o pequeno-almoço, dirigimo-nos para o cais de embarque. Depois, foram oito maravilhosas horas de cruzeiro, Douro acima, com passagem pelas barragens de Bagaúste, Valeira e Pocinho em que a passagem das eclusas foi apreciada com curiosidade.
Atravessar o coração da região demarcada do Vinho do Porto é simplesmente esplendoroso. Milhares de hectares de vinha, oliveiras e amendoeiras preenchem todo o quadro que se nos apresenta de um lado e doutro enquanto vamos subindo lentamente em direcção a Barca de Alva, já com terras de Espanha à nossa frente.
A Assistente de Bordo complementava a nossa observação com indicações preciosas ao longo do trajecto. Por vezes a nossa atenção era desviada para o comboio que passava na margem rente às águas calmas ou para dizer um adeus aos turistas de um rabelo ou do barco hotel que se cruzava connosco ou ainda para apreciar um grifo pairando no céu azul.
A meio do percurso foi servido um Porto de honra a que se seguiu o almoço.
Em Barca de Alva retomámos o autocarro. O rio Douro já começava a ficar para trás.
E como prevíamos na nossa circular “Depois e inevitavelmente foi o regresso. As máquinas fotográficas e os nossos olhos registaram para sempre as imagens maravilhosas de um fim-de-semana inesquecível.”
Um fim-de-semana a repetir. Porque vale a pena.
in www.jornaldearganil.net

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