domingo, 29 de abril de 2007

A Páscoa em Cadafaz

Foi muito concorrida a linda festa da ressureição do Senhor, com muita participação dos filhos da terra dispersos pelo mundo e não só.
No sábado realizou-se um almoço, organizado pela Comissão de Festas de Verão, que decorreu com muita animação. Muito concorrido, conseguiu juntar em franco convívio cerca de 170 pessoas, com quantidade de febras, acompanhadas com belo arroz de feijão e caldo verde. Todo o trabalho foi orientado pelo Zé Martins Alves e D. Lúcia Fernandes Neves e ainda com os elementos da comissão. Todos em conjunto proporcionaram um belo almoço e convívio, que muito agradou a todos.
Connosco esteve uma embaixada da Cabreira, bastante numerosa, assim como de Corterredor e mesmo um casal do Tarrastal. A todos envio agradecimentos em nome da comissão, que bastante sensibilizada ficou com tanta aderência.
No Domingo de Páscoa a missa celebrada pelo Padre Luciano, que não sendo o nosso pároco, aqui tem vindo várias vezes, sendo muit bem acolhido devido à sua grande simpatia. A igreja estava cheia de fiéis. Houve também procissão, muito concorrida, e com muito respeito, mesmo pelos jovens, onde havia muitos.
Depois foi a Visita Pascal, que percorreu toda a aldeia, entrando em todas as casas (a população é católica) num ambiente muito festivo, cantando Aleluia com muta animação.
De seguida o Senhor seguiu para visitar as várias aldeias da freguesia: primeiro Candosa, Capelo e Sandinha. Saiu também uma equipa da Cabreira, que depois da visita à aldeia passou pelo Tarrastal, Mestras e Corterrador.
A equipa do Cadafaz foi presidida por Silvério Carneiro Martins e Luciano Antunes; a da Cabreira, por Guilherme Afonso. Depois em Corterredor juntam-se as equipas a caminho para a igreja, sendo esperado o Senhor à entrada da aldeia pela população, que acompanha até à igreja, cantando novamente Aleluia, encerrando assim o que é a Páscoa em Cadafaz.
Quando da minha juventude, a visita fazia-se em dois dias: ao domingo, Cadafaz, Candosa, Capelo e Sandinha, regressando à igreja; segunda-feira, depois de celebrada a missa, seguia o Senhor para a Cabreira, Tarrastal, Relvas, Mestras e Corterredor. regressando á igreja, aonde as cerimónias eram iguais.
Recordo com saudade esses dias de Páscoa, que a pretexto de se ir esperar o Senhor ao caminho, se organizavam bailes, fazia-se o jogo do lenço, o chamado ladrão do meio e mais uma série de divertimentos.
A miudagem, a partir das 10 horas de sábado, não deixava de tocar os sinos, pondo a cabeça dos mais idosos em sobressalto com tanto barulho.
Enfim! Mudam-se os tempos...
Luciano Nunes dos Reis
in Jornal de Arganil, de 26/04/2007

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