Amor é Lua, de Abílio Bandeira Cardoso
Agarra-me a lua e solta-me o luar
Agarra-a de mão cheia e de dedos em rede
Pareces não agarrar coisa alguma!
E agarras um astro...
Agarras um corpo celeste!
Talvez não celestial...
Sempre agarras um corpo!
É a alma que queres tocar!
Quando já se tocou uma alma os corpos são meros suportes!
Matéria! Perecíveis!
Pouca coisa!
Nada!
Apenas a materialização do que interessa...
E se não vê...
Embrenhei-me num pomar e colhi a maçã mais bela...
Vermelha, côr de lábios sedentos de um beijo...
Os sentidos enganam!
Todos o sabemos e continuamos a deixar-nos enganar!
Uma alma é igual a uma maçã?
Ao fruto de pecado?
Será a alma um fruto de pecado?
Quando colhemos uma alma...
Jamais seremos os mesmos!
E... não há corpos, celestiais que o sejam, que se lhe comparem!
Cometemos um pecado original...
Nossas almas tocaram-se, colheram-se,
Embrenharam-se uma na outra
Fundiram-se e tornaram-se uma só,
Uma só maçã, colhida antes do tempo!...
Abílio Bandeira Cardoso
Agarra-a de mão cheia e de dedos em rede
Pareces não agarrar coisa alguma!
E agarras um astro...
Agarras um corpo celeste!
Talvez não celestial...
Sempre agarras um corpo!
É a alma que queres tocar!
Quando já se tocou uma alma os corpos são meros suportes!
Matéria! Perecíveis!
Pouca coisa!
Nada!
Apenas a materialização do que interessa...
E se não vê...
Embrenhei-me num pomar e colhi a maçã mais bela...
Vermelha, côr de lábios sedentos de um beijo...
Os sentidos enganam!
Todos o sabemos e continuamos a deixar-nos enganar!
Uma alma é igual a uma maçã?
Ao fruto de pecado?
Será a alma um fruto de pecado?
Quando colhemos uma alma...
Jamais seremos os mesmos!
E... não há corpos, celestiais que o sejam, que se lhe comparem!
Cometemos um pecado original...
Nossas almas tocaram-se, colheram-se,
Embrenharam-se uma na outra
Fundiram-se e tornaram-se uma só,
Uma só maçã, colhida antes do tempo!...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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