As minhas mãos...as minhas mãos...
detêm torrentes de contrariedades
perdem arenosos punhados de vontades
Silenciam, em gestos, alguns dos meus nãos
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos...quantas vezes as minhas mãos
Te seguram firmemente para que eu não caia...?
Trancam portas de mim para que eu não saia
De minhas vontades e abortivos desejos vãos
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos...quantas vezes seguram as tuas!...
E prometem celebrar-te em estranhos rituais
Inventados por extintas tribos, povos irreais
E que ardem em si mesmas em chamas nuas
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos... vazias do mais puro de ti
Prenhes do desejo das caricias quentes
que sempre permites, no amor que sentes,
a meus dedos impios, que eu não senti
Tudo nas minhas mãos
As minhas mãos...mãos cheias de impudor
Limitadas ao efémero desejo animal
Nunca viram que o que davas era amor
e que sempre se quiseram vazias, afinal
Tudo nas minhas mãos...
Nada nas minhas mãos...
Abílio Bandeira Cardoso
detêm torrentes de contrariedades
perdem arenosos punhados de vontades
Silenciam, em gestos, alguns dos meus nãos
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos...quantas vezes as minhas mãos
Te seguram firmemente para que eu não caia...?
Trancam portas de mim para que eu não saia
De minhas vontades e abortivos desejos vãos
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos...quantas vezes seguram as tuas!...
E prometem celebrar-te em estranhos rituais
Inventados por extintas tribos, povos irreais
E que ardem em si mesmas em chamas nuas
Tudo nas minhas mãos...
As minhas mãos... vazias do mais puro de ti
Prenhes do desejo das caricias quentes
que sempre permites, no amor que sentes,
a meus dedos impios, que eu não senti
Tudo nas minhas mãos
As minhas mãos...mãos cheias de impudor
Limitadas ao efémero desejo animal
Nunca viram que o que davas era amor
e que sempre se quiseram vazias, afinal
Tudo nas minhas mãos...
Nada nas minhas mãos...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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