Nada, de Abílio Bandeira Cardoso
Arrastavas-te nos passos,
A luz do futuro não te era guia,
Somente perseguia.
Nada mais se impunha
A não ser a desistência
E nem ela te moveu.
Qualquer caminho era demasiado penoso
Para trilhar só.
Parado, preferias ser ultrapassado
Por tudo,
Até pelas recordações…
E como elas te abanavam nas ultrapassagens!
E só as adivinhavas
Depois de prostrado na terra,
Embrenhado em aromas de solo
Mal cultivado,
Que jamais floriria...
Nem o frio da chuva
Que se desprendia do teu queixo,
Fervido em lágrimas de fogo,
Te fazia vir à realidade.
Nada mais em ti emanava calor.
Até as lágrimas arrefeceram.
Numa manhã qualquer
Que te substituiu o choro...
Por gotas de orvalho
(tão gelado, por vezes).
Deixaste-te deixar de ser
E preferias assim ficar: abandonado!
Um dia, numa queda qualquer,
A lanterna que te ilumina os passos dados
Há-de cair-te à frente…
Abílio Bandeira Cardoso
A luz do futuro não te era guia,
Somente perseguia.
Nada mais se impunha
A não ser a desistência
E nem ela te moveu.
Qualquer caminho era demasiado penoso
Para trilhar só.
Parado, preferias ser ultrapassado
Por tudo,
Até pelas recordações…
E como elas te abanavam nas ultrapassagens!
E só as adivinhavas
Depois de prostrado na terra,
Embrenhado em aromas de solo
Mal cultivado,
Que jamais floriria...
Nem o frio da chuva
Que se desprendia do teu queixo,
Fervido em lágrimas de fogo,
Te fazia vir à realidade.
Nada mais em ti emanava calor.
Até as lágrimas arrefeceram.
Numa manhã qualquer
Que te substituiu o choro...
Por gotas de orvalho
(tão gelado, por vezes).
Deixaste-te deixar de ser
E preferias assim ficar: abandonado!
Um dia, numa queda qualquer,
A lanterna que te ilumina os passos dados
Há-de cair-te à frente…
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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