A Água

É o bem mais precioso para a humanidade. Não há vida sem água.
Porque não é inesgotável, requer uma gestão racional que cuide da sua conservação, qualidade, regularização e distribuição.
Alterações climatéricas cada vez mais frequentes têm contribuído para prolongar os períodos de seca e a consequente perda de zonas húmidas, particularmente as florestais.
Como se não bastasse, persiste ainda um grande e inconsciente desperdício.
Resultado de tudo isto é uma acentuada escassez.
A falta de água não é um problema exclusivo dos países mais pobres, é também já uma ameaça para os mais ricos.
Todos os anos morrem mais de 25 milhões de pessoas por falta de água.
Sendo um drama mundial, o nosso país não lhe pode ficar indiferente.
Exceptuando talvez alguns períodos de ponta em que a opinião pública é alertada para a falta de abastecimento aqui e acolá, os portugueses ainda não assumiram hábitos de poupança sistemática, ou seja, poupar, poupar sempre, mesmo quando aparentemente tenhamos um ano de fartura.
Não sendo acauteladas medidas de maior controlo na gestão da água, a humanidade será confrontada com sérios problemas sociais provocados pela carência de bens alimentares, resultante da falta de recursos hídricos. Razão mais que suficiente para alterar hábitos e mentalidades. Há uma outra que também nos deve motivar: as despesas inerentes a este bem inestimável são cda vez mais elevadas e terão que ser suportadas por todos nós, os consumidores.
O governo deve legislar e actuar para prevenir maiores riscos.
O cidadão responsável deve poupar.
Quem ainda não o faz, tem hoje - Dia Mundial da Água - um bom pretexto para começar.
A.R.
in Jornal de Arganil, de 22/03/2007