Combatentes da freguesia de Alvares novamente em... «sentido»
Mais um ano passou desde o nosso último encontro e outro se aproxima. Espero que a nossa companhia não tenha sofrido baixas para que todos estejam presentes, nem todos com a saúde que desejaríamos, mas pelo menos com boa disposição e com a força dos repazes do nosso tempo.
Eu sei que se torna fastidioso bater sempre na mesma tecla, mas temos que falar sempre até que a voz nos doa, sobre tantos problemas que os combatentes sofrem e não são ouvidos por quem de direito, porque, meus amigos, não é só a esmola que nos é dada e só depois de reformados, mas também a miséria humana que hoje se vive não só de mutilados, como com problemas psíquicos, homens que foram marginalizados, uns sem família e outros abandonados pelas próprias famílias. São os mutilados de corpo e alma alguns vivendo em situação degradante no Lar Militar da Cruz Vermelha, onde a sua única amiga é a cadeira de rodas.
Quando tive oportunidade fui ali visitar um camarada, que me confidenciou: «Aqui ninguém geme ninguém nos ouve, somos uns vivos mortos».
Perguntei-lhe: - Porque estás aqui, já que se movimentava bem. Respondeu-me: - «Não foram as balas, nem as minas só que me puseram assim; os horrores que presenciei desencadearam-me ataques epilépticos». E com o seu olhar melancólico, lá foi dizendo: - «Não quero falar disso»...
Por isso, todos nós devemos dar a conhecer a quem de direito a nossa revolta. Os combatentes de Cortes, na pessoa do nosso amigo Saltão, solicitaram à organização para que o convívio de 2007 fosse na sua terra natal e nós, organização, acedemos com muito gosto, sabendo que as gentes cortenses sabem receber bem. Por isso, esperamos que seja um dia de são convívio, em que muitas histórias serão relembradas e que a amizade entre todos fique fortalecida.
O almoço será dia 29 de Abril, na Casa de Convívio de Cortes e as marcações podem ser feitas para: Marcelo, 968538181 (Chã); Reinaldo, 919031093 (Estevianas); Ataíde, 919536212 (Roda); Saltão, 962936756 (Cortes).
Até lá um abraço amigo.
Reinaldo Henriques
in Jornal de Arganil, de 22/02/2007
Eu sei que se torna fastidioso bater sempre na mesma tecla, mas temos que falar sempre até que a voz nos doa, sobre tantos problemas que os combatentes sofrem e não são ouvidos por quem de direito, porque, meus amigos, não é só a esmola que nos é dada e só depois de reformados, mas também a miséria humana que hoje se vive não só de mutilados, como com problemas psíquicos, homens que foram marginalizados, uns sem família e outros abandonados pelas próprias famílias. São os mutilados de corpo e alma alguns vivendo em situação degradante no Lar Militar da Cruz Vermelha, onde a sua única amiga é a cadeira de rodas.
Quando tive oportunidade fui ali visitar um camarada, que me confidenciou: «Aqui ninguém geme ninguém nos ouve, somos uns vivos mortos».
Perguntei-lhe: - Porque estás aqui, já que se movimentava bem. Respondeu-me: - «Não foram as balas, nem as minas só que me puseram assim; os horrores que presenciei desencadearam-me ataques epilépticos». E com o seu olhar melancólico, lá foi dizendo: - «Não quero falar disso»...
Por isso, todos nós devemos dar a conhecer a quem de direito a nossa revolta. Os combatentes de Cortes, na pessoa do nosso amigo Saltão, solicitaram à organização para que o convívio de 2007 fosse na sua terra natal e nós, organização, acedemos com muito gosto, sabendo que as gentes cortenses sabem receber bem. Por isso, esperamos que seja um dia de são convívio, em que muitas histórias serão relembradas e que a amizade entre todos fique fortalecida.
O almoço será dia 29 de Abril, na Casa de Convívio de Cortes e as marcações podem ser feitas para: Marcelo, 968538181 (Chã); Reinaldo, 919031093 (Estevianas); Ataíde, 919536212 (Roda); Saltão, 962936756 (Cortes).
Até lá um abraço amigo.
Reinaldo Henriques
in Jornal de Arganil, de 22/02/2007
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