quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Flor de Papel, de Abílio Bandeira Cardoso

Majestosa pequena flor de papel,
Pura como rosas caídas do ar,
Papel para sempre a recordar
Prosa presa em teus lábios de mel

Pequena flor feita de teu segredo
Quem dera que m'a voltasses a dar
E talvez no fluvial silêncio re-escutar
O vermelho rubro de teu olhar ledo

Pequena flor de papel ou papelão
Elaborada no carinho de tua mão
E com meu olhar cravado no teu jeito

Pequena flor de Amor-quase-perfeito
Que na vida te abres, fechada num peito
E no sonho te fechas, abrindo um coração...

Abílio Bandeira Cardoso