domingo, 28 de janeiro de 2007

Uma Biblioteca é como que uma encruzilhada de culturas

Os portugueses saem da escola cedo de mais, outros nem lá entram. Portugal é o país da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, onde a população adulta passou menos tempo a estudar, em média menos três anos na escola, em relação aos outros países.
Também neste aspecto estamos no fim da lista.
Portugal tem baixos níveis de leitura, mas vamos acreditar e temos a certeza que dentro da algum tempo poderemos falar noutros termos.
É necessário que o Estado e as escolas estimulem o hábito de ler. Mas não só. Cabe também a nós todos e a cada um em particular proporcionar e incentivar esse hábito.
Não se pode pensar na construção de um futuro melhor, sem que as novas gerações, além da alfabetização, ganhem consciência de que a leitura é a chave para a sociedade atingir altos níveis de desenvolvimento e prosperidade.
Os países mais ricos do mundo são aqueles onde a média de leitura anula por habitante é a mais elevada.
Em contrapartida, a pobreza e a miséria estão intimamante ligadas ao analfabetismo e a padrões muito baixos de leitura de livros e de jornais.
O hábito de ler é fundamental na vida de cada um de nós.
Os hábitos de leitura têm de começar a ser incutidos no seio das famílias e devem ser implementados desde tenra idade, o que não acontece entre nós. A população das nossas aldeias não têm acesso a jornais diários, mas em contrapartida, há um excessivo consumo de televisão, por vezes de duvidosa qualidade.
Os livros são portas de acesso para outros universos, para outros tempos, outras ideias.
A criação e isntalação de bibliotecas são feitas com o objectivo de melhorar o nível de instrução e de conhecimentos das pessoas.
Temos bibliotecas privadas que emprestam livros ao domicílio. Outras permitem a consulta das suas obras.
Quem não se lembra das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkien?
Uma moderna versão destas bibliotecas foi recentemente instalada e funcionando como uma máquina Multibanco vai permitir às pessoas levar livros para ler em casa durante um determinado período de tempo.
90% dos portugueses não lêem, o que é preocupante se compararmos com outros países.
Vamos poder ler na Biblioteca da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, a vossa biblioteca, autores portugueses como Camilo, Pessoa, Garrett, Camões, Bocage, etc..
Também os vossos conhecidos António Lopes Machado com «Rotas do Universo» e «Crónicas Regionalistas», Lisete Almeida de Matos e Adriano Pacheco, entre outros.
Saramago também está representado. Mas ele faz parte da vida da nossa União, pois foi secretário da Direcção entre 1948/50 e 54/55.
Está nos nossos prpósitos a instalação de equipamento informático, novas tecnologias, internet,... mas a seu tempo.
Não nos podemos esquecer que estamos aqui a título precário.
Como escrevia Aníbal Pacheco numa sua crónica no «Jornal de Arganil», «Seja através do jornal ou do livro é bom que as pessoas leiam...»
Na última Feira do Livro em Góis, a senhora Vereadora da Cultura dizia: "pretender que o evento fosse uma forma de levar os livros ao maior número de pessoas, para que estas sentissem o prazer da leitura".
O senhor Presidente da Câmara afirmava que "o investimento em livros representa um tijolo na construção da identidade individual e colectiva de uma comunidade e a edilidade estará sempre presente e será uma promotora de cultura e favorável à educação".
Ajudemos os outros a ler e a gostar de ler.
A. Domingos Santos
in Jornal de Arganil, de 25/01/2007