Requiem desesperado por um amor desassossegado, de Abílio Bandeira Cardoso
2 - Kyrie
Qual piedade, qual piedade?... Redentor?
É vida que quero e não pena
E se a piedade não é pequena
Então, é porque foi livre o amor
E no forte amor, forte é o pecador
Que não o nega em expiação terrena
Nos básicos instintos não serena
E Crucifica-se e é o crucificador
É vida, vida viva e sem piedade...
Pois ela vive é nas emoções
E é só amor que toca a liberdade
De ser ou não ser alma sem grilhões
Que não sejam os da saudade
Quando se fundem dois corações...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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