segunda-feira, 6 de novembro de 2006

"Saudades! Sim... talvez... e porque não?...", de Abílio Bandeira Cardoso

"Saudades! Sim... talvez... e porque não?..."
Indignada, a poetisa, no sonho alto e forte.
E também eu senti saudades, neste serão
Onde o teu silêncio foi ausência e morte

Saudades! Sim... talvez... pois então
Se só em tua voz jaz fria minha sorte
E meu fado, meus olhos e meu coração
Sem que a tua voz ou fado se importe

Onde estás? Nesta noite silenciosa...
Noutros braços? Noutras afectividades?
Responde! Que morro em ansiedades

E és só silêncio de noites tenebrosas
E morro nas mortes frias dolorosas
Duma ausência tua... sem saudades...

Abílio Bandeira Cardoso

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