segunda-feira, 6 de novembro de 2006

ADIBER exige para Beira Serra tratamento igual a outras regiões

A ADIBER – Associação de Desenvolvimento da Beira Serra – fez no passado dia 25 de Outubro 12 anos de existência.

Tudo começou por um grupo de cidadãos que empenhados no desenvolvimento do Concelho de Góis decidiram constituir uma Associação de Desenvolvimento com o objectivo de aproveitar as oportunidades que seriam propiciadas através do IIº Quadro Comunitário de Apoio e que se revelavam essenciais para a resolução dos problemas identificados a nível local.

Mais tarde a ADIBER alargou o seu âmbito territorial, passando a intervir nos Concelhos da Região da Beira Serra, tendo mesmo assumido responsabilidades ao nível da gestão de Programas Comunitários, como o LEADER.

"Apesar das dificuldades e constrangimentos que têm afectado, e muito, a nossa acção, preferimos destacar neste dia, os muitos momentos positivos e de alegria que ao longo destes 12 anos temos vivido, pois só o facto de termos dado o nosso contributo para a melhoria da qualidade de vida dos nossos concidadãos é motivo de satisfação", assinalou na sessão comemorativa o presidente da ADIBER, José Cabeças.

As acções de formação profissional, o desenvolvimento de iniciativas no âmbito das medidas do Mercado Social Emprego – Programas Ocupacionais, Estágios Profissionais, Empresas de Inserção –, o apoio técnico aos agricultores, ao empreendedorismo local através da disponibilização de ajudas a pequenas iniciativas empresariais – LEADER II e LEADER +, ILE’s, Criação do Próprio Emprego –, a aposta na área da Educação e da Acção Social com uma ligação próxima e de cumplicidade com as Instituições que desenvolvem actividade nesta área, "são alguns dos muitos exemplos do que fizemos e queremos continuar a fazer", continuou aquele dirigente, para quem "as pessoas estão no centro das nossas preocupações e são a razão de ser do nosso trabalho".

Neste sentido, José Cabeças refere que "temos vindo a apostar seriamente, e com sentido de responsabilidade, na qualificação profissional e pessoal das nossas populações, bem como na implementação de projectos de inserção e inclusão no mercado de trabalho de todos quantos apresentam dificuldades a este nível".

Tendo presente a velha máxima de que "o saber não ocupa lugar", "entendemos que o futuro se faz com um forte investimento na área do saber e das competências pessoais, elevando os níveis de qualificação das pessoas, de forma a promover a sua competitividade, e consequentemente a dos Territórios onde estão inseridos, num mundo cada vez mais globalizado, em que o grau de desenvolvimento regional se mede com base no nível de competências das suas populações", afirmou Cabeças, acrescentando que tudo isto tem como objectivo retirar " motivos às populações para daqui saírem e engrossarem o número de ausentes, que constitui o principal constrangimento ao nosso desenvolvimento colectivo".

No Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, "devemos ter a coragem de exigir tudo a quanto temos direito", garante o presidente da ADIBER, na medida em que "somos uma Região que tem assumido o princípio da solidariedade para com outras Regiões que têm recebido as maiores dotações para a concretização de obras e projectos aí necessários, enquanto fomos aguardando, pacientemente, que chegasse a nossa oportunidade de beneficiar também de investimentos públicos".

Sem lamúrias nem conflitos estéreis, Cabeças exige no entanto que sejam "confiados os recursos necessários" a esta região, no sentido de "uma vez por todas respondermos às verdadeiras necessidades de quem mais precisa, fazendo um País mais coeso, mais solidário e mais competitivo".
in Folha do Centro, de 6/11/2006

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