Rainha no Silêncio, de Abílio Bandeira Cardoso
Reinavas
Reinavas no silêncio
Não necessitavas de voz
As palavras, as tuas palavras...
Gritavam-te do olhar
Como se sempre houvessem sido ditas
E eu sempre as tivesse escutado
O teu silêncio falava-me.
Reinavas
Reinavas no mistério da voz
Cujo timbre eu nunca ouvira,
E era doce a tua voz
Nas palavras que não dizias,
Mas que me enchiam a vida
De vida.
O teu silêncio preenchia-me!
Reinavas
Reinavas nos gestos delicados
Que teu olhar completava
Qual bailarina russa
Cujo olhar persegue
O lânguido gesto da mão
Com quem fala
Em silêncio
O teu silêncio era a tua voz
Reinavas
Reinavas em todos os momentos
Em que a minha ausência
Se encontrava em ti
Qual borboleta perdida
Em busca da única flor
Capaz de a alimentar
E o teu silêncio alimentava-me
E ainda Reinas
Reinas em todos os silêncios
Que o tempo me permite
E que ninguém quebra
Qual doce sonho
Que se espera continuar
Na noite seguinte
E o teu silêncio dá-me essa esperança.
Abílio Bandeira Cardoso
Reinavas no silêncio
Não necessitavas de voz
As palavras, as tuas palavras...
Gritavam-te do olhar
Como se sempre houvessem sido ditas
E eu sempre as tivesse escutado
O teu silêncio falava-me.
Reinavas
Reinavas no mistério da voz
Cujo timbre eu nunca ouvira,
E era doce a tua voz
Nas palavras que não dizias,
Mas que me enchiam a vida
De vida.
O teu silêncio preenchia-me!
Reinavas
Reinavas nos gestos delicados
Que teu olhar completava
Qual bailarina russa
Cujo olhar persegue
O lânguido gesto da mão
Com quem fala
Em silêncio
O teu silêncio era a tua voz
Reinavas
Reinavas em todos os momentos
Em que a minha ausência
Se encontrava em ti
Qual borboleta perdida
Em busca da única flor
Capaz de a alimentar
E o teu silêncio alimentava-me
E ainda Reinas
Reinas em todos os silêncios
Que o tempo me permite
E que ninguém quebra
Qual doce sonho
Que se espera continuar
Na noite seguinte
E o teu silêncio dá-me essa esperança.
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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