quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Olhar que mostra, de Abílio Bandeira Cardoso

Tu és meu tudo e és minha imensidão
És gota fresca de orvalho na madrugada
És brisa solta, és suavidade sombreada
Por raio de luar que trespassa a escuridão

Tu és meu tudo e és apenas meu nada
És pulsar de peito, bombear de coração
És a realidade da mais pura ilusão
És conforto da dor por ti provocada

Tu és tudo o que tenho e não te me dás
És tudo o que quero, porque me não dou?
Só nosso olhar tanto se encontrou...

Ainda nos perdemos no tempo fugaz
Sem que a coragem nos dê a paz
Da entrega que nosso olhar mostrou...

Abílio Bandeira Cardoso

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