terça-feira, 21 de novembro de 2006

Divãs, de Abílio Bandeira Cardoso

Ah saudade de te amar sem sofrimento
De apenas sentir sensações de conforto
Saudades de me deixar ausente, absorto
Lançar-me nas estrelas de teu firmamento

Saudades de noites de luar corpulento
Que ilumine até meu peito semimorto
Saudades de te sentir, seguro, porto
De seres âncora e mar num momento

Ah saudades de um amor sem fim
Dos sorrisos abertos das manhãs
De beijos vermelhos como maçãs...

Saudades apenas de ti e de mim
Saudades de ser flor e ser jardim
E nos pomares, de relva erguer divãs.

Abílio Bandeira Cardoso

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