Desenha-se em Góis nova prática de cidadania
Repetidamente temos vindo a chamar a atenção para o vazio instalado na sociedade goiense com grande tendência para se alargar. Espaço demarcado por uma acção política centrada e desenvolvida na elite partidária, a qual tem priviligiado apenas o funcionamento da máquina eleitoral e os seus resultados, deixando de fora o fervilhar quotidiano de uma sociedade que se deseja viva e participativa.
Assim e sem se darem conta, os agrupamentos políticos direccionam as suas atenções apenas para o elemento votante, esquecendo-se do ser humano enquanto cidadão ávido do conhecimento, com todas as dificuldades que dizem respeito à sua formação e à participação na vida colectiva da sua cidade. Como se ele próprio não fosse (ou não devesse ser) o factor mais importante e alvo directo de toda e qualquer política desenvolvida em qualquer parte do mundo.
Com esta atitude, seguida desde alguns anos a esta parte, fez-se emergir uma sociedade descontente onde se sente apatia, se revela a indiferença e se esconde o amarfanhado desinteresse, sobressaindo dela apenas e esporadicamente os grupos partidários fechados no seu "casulo", onde se envolvem em querelas políticas que pouco têm a ver com os reais problemas que afectam uma sociedade rural.
Chegados aqui e perante a inércia em que a sociedade goiense se encontra, é mais que inevitável a erupção dum movimento cívico vocacionado para lidar com estas situações, ocupando assim esse vazio deixado pela elite partidária, onde pode desencadear uma nova e revigorada disponibilidade no seio da sociedade civil. Não lhe faltará o estertor da falange dos deserdados da política, é mais que certo! Não lhe faltará um grupo de desencantados prontos a explodir novas ideias, é inevitável! Mas também não lhe faltará gente válida e descomprometida para ajudar a erguer uma associação empenhada e interessada em desenvolver trabalho sério, que se deseja frutuoso e dê novo e enérgico folgo à vida colectiva.
Actualmente existem todas as condições reais e objectivas para que este movimento possa singrar e venha a ocupar e a desempenhar um papel importante na sociedade. Para tanto, necessário se torna ter em vista não apenas os problemas materiais do colectivo, mas também a motivação, a formação cívica e cultural do cidadão comum, criando-lhes condições para a sua dignificação e integração plena na sociedade. Coisa que até hoje tem passado ao lado das políticas postas em prática.
Face a este manancial de circunstâncias e segundo notícias vindas recentemente a público, o movimento cívico de que enfaticamente temos vindo a falar, já se encontra criado e com os seus corpos sociais eleitos. Agora alimentamos ansiosamente a esperança que, as suas intervenções, venham a ser conduzidas civicamente de forma a produzirem bons frutos e não confrontos políticos. Contribuindo para uma melhoria das relações entre o cidadão e o poder instituído, aceitando este, a sua existência como um dinâmico parceiro social, disposto a ajudar e não a ser entendido como um contra-poder.
Assim o esperamos.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 30/10/2006
Assim e sem se darem conta, os agrupamentos políticos direccionam as suas atenções apenas para o elemento votante, esquecendo-se do ser humano enquanto cidadão ávido do conhecimento, com todas as dificuldades que dizem respeito à sua formação e à participação na vida colectiva da sua cidade. Como se ele próprio não fosse (ou não devesse ser) o factor mais importante e alvo directo de toda e qualquer política desenvolvida em qualquer parte do mundo.
Com esta atitude, seguida desde alguns anos a esta parte, fez-se emergir uma sociedade descontente onde se sente apatia, se revela a indiferença e se esconde o amarfanhado desinteresse, sobressaindo dela apenas e esporadicamente os grupos partidários fechados no seu "casulo", onde se envolvem em querelas políticas que pouco têm a ver com os reais problemas que afectam uma sociedade rural.
Chegados aqui e perante a inércia em que a sociedade goiense se encontra, é mais que inevitável a erupção dum movimento cívico vocacionado para lidar com estas situações, ocupando assim esse vazio deixado pela elite partidária, onde pode desencadear uma nova e revigorada disponibilidade no seio da sociedade civil. Não lhe faltará o estertor da falange dos deserdados da política, é mais que certo! Não lhe faltará um grupo de desencantados prontos a explodir novas ideias, é inevitável! Mas também não lhe faltará gente válida e descomprometida para ajudar a erguer uma associação empenhada e interessada em desenvolver trabalho sério, que se deseja frutuoso e dê novo e enérgico folgo à vida colectiva.
Actualmente existem todas as condições reais e objectivas para que este movimento possa singrar e venha a ocupar e a desempenhar um papel importante na sociedade. Para tanto, necessário se torna ter em vista não apenas os problemas materiais do colectivo, mas também a motivação, a formação cívica e cultural do cidadão comum, criando-lhes condições para a sua dignificação e integração plena na sociedade. Coisa que até hoje tem passado ao lado das políticas postas em prática.
Face a este manancial de circunstâncias e segundo notícias vindas recentemente a público, o movimento cívico de que enfaticamente temos vindo a falar, já se encontra criado e com os seus corpos sociais eleitos. Agora alimentamos ansiosamente a esperança que, as suas intervenções, venham a ser conduzidas civicamente de forma a produzirem bons frutos e não confrontos políticos. Contribuindo para uma melhoria das relações entre o cidadão e o poder instituído, aceitando este, a sua existência como um dinâmico parceiro social, disposto a ajudar e não a ser entendido como um contra-poder.
Assim o esperamos.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 30/10/2006
Etiquetas: adriano pacheco, góis
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