Medo, de Abílio Bandeira Cardoso
Da Lua soltas cordas de guitarra
Num fado que é todo o nosso luar
Iluminado barco sem amarra
Que não seja a pura amarra de amar
E corda mais forte não vai soar
Que não a que prenda olhar à melodia
E eu, barco solto, vou em ti fundear
Sem cordas que amarrem minha alegria.
Ser teu sem medo de mágoa, um dia...
Ser teu sem medo da noita ter fim
Saber-te o luar que a noite pedia
Saber que somente por ti eu vim.
Barco sem porto, sem cordas nem nós
Desamarrado nas águas mais fundas
Perdi-me num canto em cantos sem dós
E só em ti me achei nas notas profundas.
Não sofras medo nem nele confundas
Amor com medos de medos sem fim
Pois, o luar que na noite te inundas
Não é mais que o medo que brota de mim
De no escuro perder tudo ao que vim...
Abílio Bandeira Cardoso
Num fado que é todo o nosso luar
Iluminado barco sem amarra
Que não seja a pura amarra de amar
E corda mais forte não vai soar
Que não a que prenda olhar à melodia
E eu, barco solto, vou em ti fundear
Sem cordas que amarrem minha alegria.
Ser teu sem medo de mágoa, um dia...
Ser teu sem medo da noita ter fim
Saber-te o luar que a noite pedia
Saber que somente por ti eu vim.
Barco sem porto, sem cordas nem nós
Desamarrado nas águas mais fundas
Perdi-me num canto em cantos sem dós
E só em ti me achei nas notas profundas.
Não sofras medo nem nele confundas
Amor com medos de medos sem fim
Pois, o luar que na noite te inundas
Não é mais que o medo que brota de mim
De no escuro perder tudo ao que vim...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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