sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Distinguida “alma goiense” no feriado do município

José Girão Vitorino presidiu pela última vez, como autarca de Góis, às comemorações do Dia do Município. O edil aproveitou o momento para fazer um balanço do trabalho realizado, afirmando que sai «orgulhoso da situação financeira em que deixamos a autarquia», sustentando que «fomos sempre responsáveis e sérios nas decisões tomadas, rejeitando qualquer tentação de gestão que pudesse hipotecar o nosso futuro».
De acordo com o presidente que, recorde-se, não se recandidata, a obra «foi realizada a pensar nas pessoas e só podia ser revertível a favor do seu bem-estar», dando como exemplos a «herança dos equipamentos e modernização da educação no concelho», não esquecendo a cultura, o desporto e a saúde. Ao nível dos dois primeiros, «quisemos que a nossa comunidade pudesse usufruir de bens polivalentes e úteis, que antes não existiam ou estavam ultrapassados», como é o caso da Casa da Cultura, cuja primeira pedra será lançada em finais de Setembro, ou o campo de futebol, que também irá avançar em breve. Também na saúde, segundo Vitorino, «tudo fizemos para que a urgência se mantivesse 24 horas/dia ao serviço dos goienses, esperando que sejam melhoradas ainda mais as actuais condições de assistência aos munícipes, contrariando a opinião corrente da aposta única no alcatrão».
Neste feriado municipal, a autarquia decidiu ainda «honrar os goienses que se foram destacando nas várias áreas», uma vez que, no entender de Girão Vitorino, «nesta data também se deve enaltecer quem, ao longo da sua vida, lutou, trabalhou ou representou a alma goiense». Assim, foi entregue a medalha de bons serviços a Maria do Rosário Antunes Alvarinhas Martins, essencialmente pelo «seu trabalho metódico, que aliado ao brio e ao zelo, transformam-se em mais-valias para a instituição que representam, porque sabem profissionalmente responder da melhor maneira».
A título póstumo, foram atribuídas quatro medalhas de mérito, nomeadamente ao engenheiro António dos Santos Almeida, que «ao longo da sua vida foi porta-voz e um dos rostos na luta pela melhoria das condições de vida do Colmeal, terra de onde é natural» e a Fernando Henriques da Costa, que acumulou vários cargos «que contribuíram para a melhoria e bem-estar colectivo da freguesia e do concelho». Igual distinção para Manuel Martins Barata, que «deixou às populações um conjunto de bens que, de outro modo, tardariam em chegar, como a melhoria do abastecimento de água à localidade ou a electrificação, entre muitos outros», e para o médico José Maria Alentisca, homem que «defendeu sempre os interesses dos goienses, tendo por exemplo demonstrado visão e clarividência na idealização da construção da Casa da Saúde da freguesia de Alvares».

Disponível para ajudar
Em jeito de despedida, já que foi o seu último feriado municipal como autarca, Girão Vitorino declarou terminar a sua «participação pública activa, com o mesmo sentimento de sempre: de bem servir a causa pública». Girão Vitorino disse ainda que Góis «poderá continuar a contar comigo e com o meu contributo sempre que entenderem», pois, sustentou, «sendo dos filhos adoptivos da terra, também aprendi a amá-la, desde que aqui cheguei, fixei residência e aqui eduquei os meus filhos».
Finda a cerimónia, que decorreu no auditório da Biblioteca Municipal António Francisco Barata, foram inauguradas três obras, nomeadamente o Arquivo Municipal, instalado num espaço próprio, na biblioteca, o Skate Parque, no Parque de Lazer do Baião, juntando-se ao circuito de manutenção e ao mini-campo desportivo ali existentes, e um passeio pedonal que liga a praia fluvial da Peneda à praia fluvial Pêgo Escuro.

“Que os futuros inquilinos
saibam honrar a causa pública”
Girão Vitorino quis ainda deixar uma mensagem de esperança relativamente ao futuro e agradecer «do fundo do coração, a todos quantos comigo trabalharam e aprenderam a trabalhar em equipa, em nome do progresso e modernização sustentada do concelho de Góis». Uma palavra também para a sua família, «que sempre me apoiou incondicionalmente, nos bons e nos maus momentos».
O edil aproveitou, também, para se despedir «institucionalmente de toda esta comunidade que servi, no maior respeito republicano e democrático, desejando que os futuros inquilinos desta casa, saibam honrar os seus compromissos, com a responsabilidade da causa púbica pela qual tanto me bati».
in Diário de Coimbra, de 14/08/2009

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