A falta de médicos em Alvares
Sempre que por alguma razão do quotidiano nos deslocamos à nossa terra, para lá dos bons ares, do sol brilhante e do verde avassalador numa montanha que nos reduz à condição de répteis submissos, ouvimos também os lamentos desesperantes dos idosos, ora por uma razão, ora por outra. Mas todas elas, ou quase todas, a incidirem sobre o abandono dos idosos mais limitados, coisa que nos deixa perplexos.
Desta vez, encontrámos uma situação de ausência de médico durante um mês, o que obrigava os portadores de incapacidades físicas, ou de doenças crónicas, a pedirem ao Centro de Saúde de Góis, que lhes fossem enviadas as receitas dos medicamentos que estavam a faltar, ou a recorrerem a expedientes mais sofisticados para resolverem o problema que os preocupava. Isto não é uma dificuldade de hoje, é, como todos sabemos, uma situação recorrente.
Se tivermos em conta que a Extensão de Saúde de Alvares, que dá cobertura médica e medicamentosa à segunda Freguesia do País mais extensa, com uma população residente muito envelhecida, alguma da qual com dificuldades de locomoção e que se situa a uma distância de 30 quilómetros e não sei quantas curvas da sede do Concelho de Góis, facilmente se fica a perceber que a saúde em Alvares está muito doente e não se vê jeito de melhorar.
Não sabemos quem é o responsável pelo escalonamento médico dentro do concelho, nem tampouco julgamos que sejam bem poucos. Contudo, uma coisa é certa e parece-nos óbvia que, à míngua de recursos humanos, deve-se impor um critério de distribuição de médicos, de tal forma que dê cobertura às aldeias mais distantes do Centro de Saúde concelhio. Isto manda o bom senso.
Na base desta situação difícil estará, provavelmente, a tão falada falta de médicos com que todos os dias somos bombardeados (não acreditamos nessa teoria, mas sim na má distribuição geográfica deles). E neste Concelho acontece que não há apenas falta de médicos, mas também falta um critério justo na sua distribuição. Mais facilmente um paciente faz 5 quilómetros para ir ao Centro de Góis, do que um outro que tem de percorrer 30 para lá chegar. Isto parece óbvio.
Este é um problema que requer alguma atenção, antes que alguém se lembre de colocar todos os doentes no Centro de Saúde e os deixe lá depositados, com armas e bagagem, até que alguém lhes resolva o seu problema.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 30/07/2009
Desta vez, encontrámos uma situação de ausência de médico durante um mês, o que obrigava os portadores de incapacidades físicas, ou de doenças crónicas, a pedirem ao Centro de Saúde de Góis, que lhes fossem enviadas as receitas dos medicamentos que estavam a faltar, ou a recorrerem a expedientes mais sofisticados para resolverem o problema que os preocupava. Isto não é uma dificuldade de hoje, é, como todos sabemos, uma situação recorrente.
Se tivermos em conta que a Extensão de Saúde de Alvares, que dá cobertura médica e medicamentosa à segunda Freguesia do País mais extensa, com uma população residente muito envelhecida, alguma da qual com dificuldades de locomoção e que se situa a uma distância de 30 quilómetros e não sei quantas curvas da sede do Concelho de Góis, facilmente se fica a perceber que a saúde em Alvares está muito doente e não se vê jeito de melhorar.
Não sabemos quem é o responsável pelo escalonamento médico dentro do concelho, nem tampouco julgamos que sejam bem poucos. Contudo, uma coisa é certa e parece-nos óbvia que, à míngua de recursos humanos, deve-se impor um critério de distribuição de médicos, de tal forma que dê cobertura às aldeias mais distantes do Centro de Saúde concelhio. Isto manda o bom senso.
Na base desta situação difícil estará, provavelmente, a tão falada falta de médicos com que todos os dias somos bombardeados (não acreditamos nessa teoria, mas sim na má distribuição geográfica deles). E neste Concelho acontece que não há apenas falta de médicos, mas também falta um critério justo na sua distribuição. Mais facilmente um paciente faz 5 quilómetros para ir ao Centro de Góis, do que um outro que tem de percorrer 30 para lá chegar. Isto parece óbvio.
Este é um problema que requer alguma atenção, antes que alguém se lembre de colocar todos os doentes no Centro de Saúde e os deixe lá depositados, com armas e bagagem, até que alguém lhes resolva o seu problema.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 30/07/2009
Etiquetas: adriano pacheco, alvares
6 Comments:
Lá de Medicos os Concelhos de Góis e Arganil vão ficar sem Veterinaria, devido a má politica dos seus Presidentes da Câmara!
Sem médicos mas com um enfermeiro tão prestavel que até é candidato à junta de freguesia!!!!
Enquanto o médico não vem, vai o enfermeiro dando as suas picadinhas...
Lá para Novembro o problema deve estar resolvido....
Vamos ficar sem a pessoa que trata dos nossos animais e da nossa fonte de rendimento?
O que vai ser de nós!????
Se a Sr.ª Dr.ª Veterinária está tão preocupada em perder o seu "TACHO", porque não se aventura e puxa os cordões à bolsa e se instala por conta própria como fazem, e muito bem, muitos dos seus colegas?
Até lhe fazia bem passar por estas experiências para dar mais valor ao trabalho (não quero com isto dizer que ela não é trabalhadora).
Afinal quem paga é sempre o mesmo.
Assim já tinhamos de novo veterinária no concelho.
O mesmo devia acontecer a muitos dos "senhores" que estão à frente de certos serviços cá em Góis para se tornarem um pouco mais humildes. Que é o que lhes falta.
Belo recado.
Aplica-se a muitos mesmo.
A sorte deles é que estão bem cobertos...
É o sistema.
Falta de medicos em Portugal
Pela má politica deste Governo.
Fechou Maternidades
Fechou Urgencias
Bateu o Record dos desempregados vamos a caminho dos 500 mil é da crise dizem eles.
Eles bons ordenados bons carros nunca ficam desempregados.
Dois mandatos ficam com uma reforma muito risonha.
A culpa é nossa
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