quarta-feira, 20 de maio de 2009

Onze acusados por desvio de subsídio

Fraude na obtenção de subsídio e desvio de subsídio, falsificação de documento e participação económica em negócio. São os crimes que o Ministério Público acaba de imputar a 11 arguidos, no processo da Adiber, de Góis.
O despacho de acusação - centrado no subsídio europeu de 233 mil euros que a Adiber (Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra) recebeu para um projecto que não saiu do papel - atinge o PS de Góis e tem um efeito colateral no projecto socialista para Arganil.
José Cabeças, anterior presidente da Câmara de Góis e presidente da Adiber, é o protagonista e faz o pleno dos crimes apontados pelo DIAP de Coimbra. Já o actual presidente da Câmara, José Vitorino, só é acusado de participação em negócio. À candidata do PS à sucessão de Vitorino, a dirigente da Adiber, Lurdes Castanheira, o procurador José Luís Trindade imputa desvio de subsídio, fraude na obtenção de subsídio e falsificação de documento.
Pelos dois últimos crimes deverá responder, também, o coordenador da Adiber e candidato do PS à autarquia de Arganil, Miguel Ventura.
Nuno Jordão, ex-gestor do programa Leader II, que distribuiu milhões por associações de desenvolvimento rural, é outro dos 11 arguidos acusados, após investigações da PJ de Coimbra e da Inspecção-Geral da Agricultura. Jordão é tido como co-autor de fraude na obtenção de subsídio e autor de documento falso, por despachar a entrega de 233 mil euros para um projecto que sabia estar parado.
A participação em negócio, que visa ainda os ex-vereadores Manuel Gama e Humberto Matos, decorre da aprovação camarária, em 1999, da venda à Adiber, por 250 mil euros, de uma parcela da Quinta do Baião avaliada em 325 mil. Cabeças presidia à Câmara e à Adiber (a associação também foi acusada dos crimes imputados aos seus dirigentes).
O notário inviabilizaria o destaque do terreno e a sua venda, mas isso não impediu a Adiber, em 2001, de comunicar ao Leader II que até havia já concretizado o projecto agroturístico: "Toda a operação foi por nós acompanhada, de acordo com os compromissos que foram assumidos, tendo sido confirmada, após a conclusão do projecto, a adequação dos trabalhos aos padrões de qualidade exigidos", escreveu a Adiber, para receber o dinheiro. Por aquele facto, o DIAP acusou Cabeças, Castanheira, Ventura e outros dois dirigentes da Adiber (Helena Mateus, José Angelo e Luís Silvestre) de fraude com subsídio e falsificação de documento.
Aqueles dirigentes, à excepção de Ventura, deverão responder ainda por desvio de subsídio. Em 2007, o Ministério da Agricultura exigiu os 233 mil euros, mas, já em 2006, só restavam à associação 11 mil.
in Jornal de Notícias, de 20/05/2009

Etiquetas: , ,

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Espero que tudo isto não venha "provocar" desgaste fisíco e psicológico a quem por acreditar se viu "acorrentado" á jogada.

20 maio, 2009 09:50  
Anonymous Anónimo said...

Espero que nenhum dos meus amigos venha ter problemas psicológicos ou outros..... pois só ficaram "encravados" porque acreditaram em "boas" pessoas e esqueceram o velho ditado - Quando a esmola é grande desconfia do seu bemfeitor-.

20 maio, 2009 10:39  
Anonymous Anónimo said...

O Seguro morreu de Velho.
O desconfiado foi ao funeral do Seguro.

Lamento ver o Sr. Girão envolvido nesta trapalhada: não merecia.

VIVA O POVO LIVRE!

20 maio, 2009 15:22  
Anonymous Anónimo said...

Estas notícias parecem notícias fabricadas.... Uns dias antes da sua publicação, eu já ouvia uns Fulanos a falarem delas!!!!!!!!! Será que temos ADIVINHOS em Góis??

20 maio, 2009 16:25  
Anonymous Anónimo said...

Amigo não temos adivinhos, mas PJ's a tratar do assunto como deve ser temos!

HEHE

20 maio, 2009 17:20  
Anonymous Anónimo said...

notícias fabricadas? santa ignorância. A acusação é do Ministério Público, não dos jornais. É o culminar de uma longa investigação que durou 4 anos pela PJ. É como o freeport, fabricadíssimo!

20 maio, 2009 20:51  
Anonymous Anónimo said...

Adiber
Tenham cuidado
Já ofereceram bandolim V.N.Ceira
Uma Concertina ás Sachadeiras V.N.Cera.
Não venha o DIAP e eles teem que devolver aquilo tudo que a Sra Lurdes ofereceu

20 maio, 2009 23:50  
Anonymous Anónimo said...

Ah pois! Tem razão o anónimo anterior. Os receptadores de bens roubados ou adquiridos com dinheiro roubado, são cúmplices do facto. E os bens apreendidos, é de Lei...

21 maio, 2009 18:35  
Anonymous Anónimo said...

Ora bolas...
Lá se vai o bandolim e a concertina... serão acusados também os receptores?
Irão presos todos?
e os músicos que tocam os instrumentos? também?
Ai coitada desta gente toda... E os nossos impostos a governá-los na cadeia? Mau... isso é que não! Já são muitos!
daqui a pouco também as esferograficas fanadas dos serviços públicos... as fotocópias das rendinhas e das receitas culinárias... os materiais que vão "sem querer" nos bolsos por darem jeito lá em casa... E os carritos da Câmara ao serviço desta canalha?
É pá isto já é demais...
o peculato é um crime de que poucos (infelizmente) se podem gabar de inocentes! que vergonha!
Por acaso gostava de ver a justiça a funcionar à letra! lol

23 maio, 2009 23:40  
Anonymous Anónimo said...

Pela notícia se vê que há uma grande embrulhada entre a Cãmara Municipal e a Adiber. Para um leigo é dificil de entender os 'crimes' de que são acusados uma vez que não transparece que tenha havido aproveitamentos pessoais. Se assim for às vezes trabalhar graciosamente pode trazer valentes dores de cabeça.

24 maio, 2009 00:42  
Anonymous Anónimo said...

Para um iletrado em leis parece que "fraude na obtenção de subsídio" deveria significar que alguém usou esse subsídio em proveito próprio. Ora como isso parece não ter acontecido será um caso em que apenas haverá um incumprimento de rotinas legais.

24 maio, 2009 00:44  
Anonymous Anónimo said...

Você não entende?!! Eu explico. A Adiber é uma associação privada, portanto gerida por privados, alguns deles já foram dirigentes e são funcionários da Câmara, dai que só prestam contas aos seus sócios. Como diz o processo, dos 234.000 euros de 2001, já só restavam 11.000 em 2006. A partir daqui, sabendo-se que por exemplo a Lurdinhas usa diariamente para se deslocar de Coimbra para Góis, uma viatura da Adiber, é fácil depreender que houve uso do dinheiro para proveito próprio. Qual dinheiro foi não sei, porque o dinheiro não tem "cor". Até pode ser o dinheiro dos subsidios da Cãmara, o que signifiva por exemplo um privilégio bárbaro e uma discriminação brutal em face dos outros funcionários que por não serem dirigentes da Adiber, não têm direito a tais benesses. Percebeu?
Já para não falar dos cavalos e das carroças perdidos em montes alentejanos, etc. etc. Consulte o processo que logo fica elucidado.

24 maio, 2009 11:52  
Anonymous Anónimo said...

Querem ver que vem aí outra vez a história das obras numa certa quinta no alentejo . . .

24 maio, 2009 21:08  
Anonymous Anónimo said...

Então já decorreram tantos dias e ainda não deram a cara alguns "anónimos" a tentar "ajudar" "agradecendo" a massa que por diversas maneiras sacaram na ADIBER.........

29 maio, 2009 10:28  

Enviar um comentário

<< Home