segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vale do Ceira zona enteada

Figuras a não esquecer
Desde tempos remotos que os sucessivos governantes apenas se lembraram destes povos para lhes sacarem os impostos. Para tudo o que seja para o bem-estar das populações têm estado de olhos cegos e ouvidos surdos.
Estes povos que aqui nasceram, apesar de se terem visto obrigados a partir, sempre tudo fizeram para ajudar as condições de vida dos que ficaram sem o que pouco mais não teríamos que as belezas naturais com que a mãe natureza nos brindou.
Não existe uma só obra que, ou na sua totalidade ou em parte, não tivesse a ajuda da população.
Os lagares e moinhos comunitários na Ponte da Cabreira assim como outros lugares na Candosa, foram construídos à custa dos nossos antepassados. Foi aquele grande benemérito Manuel Lourenço Baeta (Barão de Louredo), natural de Corterredor, que mandou construir a Ponte da Cabreira, em 1857. Esra e muitas obras em toda a Comarca. Por isso esta figura deve ser lembrada pelos seus concidadãos.


Direito à indignação
Estes povos aqui mourejaram, sempre de forma pacífica, limitando-se apenas a lamentar a sua sorte e a discriminação a que têm estado sujeitos.
Aqui fica mais um lamento. Não compreendemos porque razão os cidadãos só se podem deslocar ao Hospital de Coimbra de táxi ou ambulância e só sejam comparticipados em relação aos transportes públicos que, como é do conhecimento geral, não existem pois a zona do Vale do Ceira não é servida de transportes colectivos.
Assim, quem necessitar de se deslocar não tem outro remédio que despender cerca de 50€, sendo reembolsado em apenas 11€ ou 22€ se for acompanhado, muito para as fracas bolsas dos residentes!
Aqui fica um apelo aos responsáveis. Este é um aspecto importante da vida das populações e a falta de condições para se viver nas aldeias é, sem dúvida, uma das causas da sua desertificação.
in Jornal de Arganil, de 19/02/2009

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isso chama-se neo-socialismo, porque os que defendem o verdadeiro socialismo são facções fracturantes.
Mas o pior é que já nem para pagar impostos servimos, só servimos para pantominices e negociatas com os fundos comunitários, “desenrascar” uns empregos para os filhos, genros e noras, porque dinheirinho do orçamento é para arranjar as estradas para casa dos amigos.

23 fevereiro, 2009 20:20  

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