Rio Ceira
Sua capela gelada
Nasce nas escarpas heróicas
Da Estrela de Viriato,
Faz-se à vida e vai abrindo
Sulcos de profunda dor
Nos sopés das altanias,
Vai regando e vai sorrindo…
Serpenteando, beija os pés
De Cepos e de Fajão
Enlaça a Ribeira de Ádela
Banha, doce, o Colmeal
E, sobre um trilho arenoso
De desgaste, de beleza,
Corre para a sua princesa
Para a linda vila de Góis…
Corre corre o Rio Ceira
Para os braços dos seus irmãos
E com eles (unos) em Coimbra
Beija as tricanas lavando,
Canta o Fado dos doutores
E segue mais pachorrento
Rumo à cidade Figueira
Rumo ao seu Atlântico
Rumo aos Descobrimentos!...
Ai Ceira do meu Mondego,
No teu percurso peregrino
Quantas ribeiras abraçaste
Quantas lágrimas bebeste
Do rosto das lavadeiras
Da fronte das enxadas.
Eu sei que viste, meu Ceira
Quando lento ias passando,
Lavradores em penhascos
Nas falésias tecedeiras
Fusos feitos nas encostas
Lagares moendo sem água
Vinho pouco nas ladeiras…
Eu sei que viste, meu Ceira
Mulheres e homens crispados
No brejo da interioridade,
Viste peitos radiantes
De Viriatos e Infantes
Chamados de Lusitanos!...
José Fernandes Almeida
Nasce nas escarpas heróicas
Da Estrela de Viriato,
Faz-se à vida e vai abrindo
Sulcos de profunda dor
Nos sopés das altanias,
Vai regando e vai sorrindo…
Serpenteando, beija os pés
De Cepos e de Fajão
Enlaça a Ribeira de Ádela
Banha, doce, o Colmeal
E, sobre um trilho arenoso
De desgaste, de beleza,
Corre para a sua princesa
Para a linda vila de Góis…
Corre corre o Rio Ceira
Para os braços dos seus irmãos
E com eles (unos) em Coimbra
Beija as tricanas lavando,
Canta o Fado dos doutores
E segue mais pachorrento
Rumo à cidade Figueira
Rumo ao seu Atlântico
Rumo aos Descobrimentos!...
Ai Ceira do meu Mondego,
No teu percurso peregrino
Quantas ribeiras abraçaste
Quantas lágrimas bebeste
Do rosto das lavadeiras
Da fronte das enxadas.
Eu sei que viste, meu Ceira
Quando lento ias passando,
Lavradores em penhascos
Nas falésias tecedeiras
Fusos feitos nas encostas
Lagares moendo sem água
Vinho pouco nas ladeiras…
Eu sei que viste, meu Ceira
Mulheres e homens crispados
No brejo da interioridade,
Viste peitos radiantes
De Viriatos e Infantes
Chamados de Lusitanos!...
José Fernandes Almeida
4 Comments:
Ó Zé Fernandes, você desculpe a franqueza: este seu poeminha até nem está muito mal, sempre é melhor que um outro que anda aí pelo blogue. E até demonstra alguma capacidade de expor um sentimento que me parece genuíno: o seu fascinio pelo rio Ceira. Quanto a isso, nada, cada um morre de amores por aquilo que quiser...
Mas, por onde o "belo literário", a métrica, a melodia, a musicalidade? Perdeu-se no caminho ou o meu amigo não sabe mais?
Se não sabe ainda tem tempo para aprender, por isso está no bom caminho, só lhe resta porfiar. Continue...
Para fazer um comentário destes mais valia estar quieto.
De entendidos e sabichões está o inferno cheio.
Este poema é muito bom mesmo muito bom comparado com os plagios da Clarisse.
parabéns Jo´se Fernandes Almeida
Belo incentivo Sr.Anónimo. É com comentários 'construtivos' desses, expressos com palavras lindas e métricas bem medidas, mas de conteúdo pouco adequado, que ninguém quer saber da língua de Camões. Deixem-se de falsos ensinamentos, de moralismos fingidos, e deixem que o povo expresso o seu sentimento em poemos simples, métricas irregulares, mas cheias de amor e sinceridade de coração.
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