H. Mourato mais uma vez brinda Vila Nova do Ceira com uma exposição de Artes Plásticas
Este artista está ligado à nossa terra pelo casamento. É um alentejano de gema, que não se casou só com a sua mulher D. Maria Fernanda dos Santos Afonso Mourato, mas também com o Concelho de Góis, nomeadamente com Vila Nova do Ceira apaixonadamente. Este casamento dura há quarenta anos e neste espaço de tempo aconteceram-lhe duas coisas boas, nasceu-lhe um filho, Henrique Tigo, que já é um homem e artista e encetou uma obra cultural de longo alcance em Vila Nova do Ceira, que apesar de alguns contratempos teima em continuar o seu trabalho.
Digam o que disserem, o Mourato tem na nossa terra, marcas indeléveis que ficam para a posterioridade. Uma delas foi um curso de pintura destinado a alunos dos seis aos sessenta anos, cujos frutos começam a dar nas vistas. Como escultor, nem todos sabem ler o que ele esculpiu na pedra e o seu significado, e quando não sabem disfarçar a sua ignorância, dizem mal.
O que é certo, é que há muitas peças fruto do seu trabalho espalhadas pelo Concelho de Góis e isso é uma realidade que ninguém pode ignorar. Os seus trabalhos em artes plásticas estão espalhados por museus e outras casas de cultura no mundo das artes. Os quadros agora expostos nesta mostra eram destinados ao museu de Vila Nova do Ceira. Perguntámos ao mestre H. Mourato qual o objectivo de mais esta iniciativa, ao que ele respondeu o seguinte: "Esta iniciativa é uma maneira de descentralizar eventos culturais, provando por A + B que se pode fazer muita coisa por iniciativas particulares e populares. Esta mostra apresenta-nos trabalhos que foram feitos ao longo de quarenta anos, tantos como os que marcam o tempo em que comecei a vir a Vila Nova do Ceira".
Estão aqui pinturas que vêm imortalizar obras que foram desaparecendo, sendo património que mostrava o peso da nossa tradição e ancestralidade. A sua colecção de postais foi outra iniciativa que marcou definitivamente as tradições dos nossos antepassados. H. Mourato, queiram ou não queiram tem história em Vila Nova do Ceira. Perguntámos novamente: O que pensa do futuro desta terra em termos de desenvolvimento? H. Mourato responde: "Na minha opinião, o turismo rural deve estar na primeira linha, depois programas culturais bem organizados. Esta exposição é um exemplo vivo. A disponibilidade e colaboração do José Rodrigues, proprietário do Café Varzeense, é um exemplo louvável. A inauguração deste evento falou por si, quase anónimo, encheu a sala de visitantes de várias procedências incluindo a sede do Concelho". Este café, carregado de tradições culturais nas vertentes regionalistas e políticas, nos tempos em que era proibido o direito de reunir. Passaram por aqui homens que com o seu saber, engrandeceram e dignificaram a nossa terra. Em conversa com Mourato, lembrando esses tempos, surgiu a ideia de retornar essa tradição. E porque não? Uma tertúlia no seguimento desta exposição em virtude do Zé do Café estar disponível nesse sentido!
António Fernandes
in Jornal de Arganil, de 21/08/2008
Digam o que disserem, o Mourato tem na nossa terra, marcas indeléveis que ficam para a posterioridade. Uma delas foi um curso de pintura destinado a alunos dos seis aos sessenta anos, cujos frutos começam a dar nas vistas. Como escultor, nem todos sabem ler o que ele esculpiu na pedra e o seu significado, e quando não sabem disfarçar a sua ignorância, dizem mal.
O que é certo, é que há muitas peças fruto do seu trabalho espalhadas pelo Concelho de Góis e isso é uma realidade que ninguém pode ignorar. Os seus trabalhos em artes plásticas estão espalhados por museus e outras casas de cultura no mundo das artes. Os quadros agora expostos nesta mostra eram destinados ao museu de Vila Nova do Ceira. Perguntámos ao mestre H. Mourato qual o objectivo de mais esta iniciativa, ao que ele respondeu o seguinte: "Esta iniciativa é uma maneira de descentralizar eventos culturais, provando por A + B que se pode fazer muita coisa por iniciativas particulares e populares. Esta mostra apresenta-nos trabalhos que foram feitos ao longo de quarenta anos, tantos como os que marcam o tempo em que comecei a vir a Vila Nova do Ceira".
Estão aqui pinturas que vêm imortalizar obras que foram desaparecendo, sendo património que mostrava o peso da nossa tradição e ancestralidade. A sua colecção de postais foi outra iniciativa que marcou definitivamente as tradições dos nossos antepassados. H. Mourato, queiram ou não queiram tem história em Vila Nova do Ceira. Perguntámos novamente: O que pensa do futuro desta terra em termos de desenvolvimento? H. Mourato responde: "Na minha opinião, o turismo rural deve estar na primeira linha, depois programas culturais bem organizados. Esta exposição é um exemplo vivo. A disponibilidade e colaboração do José Rodrigues, proprietário do Café Varzeense, é um exemplo louvável. A inauguração deste evento falou por si, quase anónimo, encheu a sala de visitantes de várias procedências incluindo a sede do Concelho". Este café, carregado de tradições culturais nas vertentes regionalistas e políticas, nos tempos em que era proibido o direito de reunir. Passaram por aqui homens que com o seu saber, engrandeceram e dignificaram a nossa terra. Em conversa com Mourato, lembrando esses tempos, surgiu a ideia de retornar essa tradição. E porque não? Uma tertúlia no seguimento desta exposição em virtude do Zé do Café estar disponível nesse sentido!
António Fernandes
in Jornal de Arganil, de 21/08/2008
Etiquetas: pintura, vila nova do ceira
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