«Dez Réis de Gente» - Último livro de Adriano Pacheco
Quando, em tempos da infância, havia na minha terra alguém que, pela sua composição física, pouca idade ou reduzida importância social, se destacava duma certa normalidade de atitudes, era vulgar designar uma pessoa nessas circunstâncias como "um dez réis de gente". Era a linguagem popular na sua função de caracterizar os perfis humanos que lhe eram próximos, com a precisão que a sabedoria do povo costumava usar na diversidade das suas expressões.
Pois Adriano Pacheco, escritor goiense com vasta obra publicada, quer em verso quer em prosa, publicou recentemente mais um livro a acrescentar à sua já vasta bibliografia, recorrendo, para o titular, a essa velha expressão de raiz popular. De facto, esse seu último livro, com o sugestivo título de "Dez Réis de Gente", é já a sua décima obra no campo das letras, actividade que iniciou em 1999 com a publicação de "Tempestade na Alma" e continuada, anos fora, alguns deles com a edição de mais do que um livro saído da sua pena assaz produtiva.
Obra de ficção, como o autor refere, "Dez Réis de Gente" é um livro "de memórias, de afectos e de sensibilidade onde as palavras cheiram a povo", como João Coelho o define logo no início da "Prefácio" que escreveu para este livro de Adriano Pacheco, goiense de Alvares, que escreve sobre a região com paixão, com um conhecimento de pessoas e de lugares que o acompanha desde a juventude, e com o traço característico duma escrita em que personagens e ambiente se cruzam e encadeiam de tal modo que o leitor só pára quando chega ao fim da história.
Os sete contos que preenchem um cento e meio das páginas deste livro, a começar por "Romaria do Destino" e acabar em "Os Filhos da Desertificação", remetem o leitor para episódios reais que a capacidade de comunicação do autor e o seu engenho transformam, por recursos ficcionais, numa leitura agradável, ressaltando a tipicidade dos diversos personagens e a natureza do vocabulário que suporta curiosos diálogos.
"Dez Réis de Gente" é um livro que se lê com verdadeiro agrado. Ele faz-nos reavivar sentimentos de ligação às raízes, recorda momentos e histórias, pessoas e memórias adormecidas, lembra tempos difíceis de gente que soube enfrentá-los com determinação e fazer das dificuldades uma base para subir na vida com dignidade.
Aníbal Pacheco
in A Comarca de Arganil, de 19/06/2008
Pois Adriano Pacheco, escritor goiense com vasta obra publicada, quer em verso quer em prosa, publicou recentemente mais um livro a acrescentar à sua já vasta bibliografia, recorrendo, para o titular, a essa velha expressão de raiz popular. De facto, esse seu último livro, com o sugestivo título de "Dez Réis de Gente", é já a sua décima obra no campo das letras, actividade que iniciou em 1999 com a publicação de "Tempestade na Alma" e continuada, anos fora, alguns deles com a edição de mais do que um livro saído da sua pena assaz produtiva.
Obra de ficção, como o autor refere, "Dez Réis de Gente" é um livro "de memórias, de afectos e de sensibilidade onde as palavras cheiram a povo", como João Coelho o define logo no início da "Prefácio" que escreveu para este livro de Adriano Pacheco, goiense de Alvares, que escreve sobre a região com paixão, com um conhecimento de pessoas e de lugares que o acompanha desde a juventude, e com o traço característico duma escrita em que personagens e ambiente se cruzam e encadeiam de tal modo que o leitor só pára quando chega ao fim da história.
Os sete contos que preenchem um cento e meio das páginas deste livro, a começar por "Romaria do Destino" e acabar em "Os Filhos da Desertificação", remetem o leitor para episódios reais que a capacidade de comunicação do autor e o seu engenho transformam, por recursos ficcionais, numa leitura agradável, ressaltando a tipicidade dos diversos personagens e a natureza do vocabulário que suporta curiosos diálogos.
"Dez Réis de Gente" é um livro que se lê com verdadeiro agrado. Ele faz-nos reavivar sentimentos de ligação às raízes, recorda momentos e histórias, pessoas e memórias adormecidas, lembra tempos difíceis de gente que soube enfrentá-los com determinação e fazer das dificuldades uma base para subir na vida com dignidade.
Aníbal Pacheco
in A Comarca de Arganil, de 19/06/2008
Etiquetas: adriano pacheco, livro
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