Carteiras artesanais fazem sucesso
Alzira Gonçalves não tem mãos a medidas com tantas encomendas
A linha de croché é habitual na confecção de carteiras feitas manualmente. O que já não é comum é a utilização, ao mesmo tempo, de argolas das latas de bebidas. O «toque» especial está a fazer sucesso em Góis e Arganil e Alzira Gonçalves diz já não ter mãos a medir com tantas encomendas.
A ideia veio do Brasil, quando familiares seus lhe trouxeram um exemplar. Viu a técnica e tirou o modelo para fazer uma carteira para si. Quem viu gostou, quis e a partir daí, a goiense tem guardado toda a matéria-prima para continuar a satisfazer as solicitações.
Além das encomendas, ensina a quem quiser aprender. Aliás, muitas das «aprendizes» já vendem mais que a própria. "Eu já ensinei a algumas pessoas e por sinal costumam fazer feiras de artesanato", conta ao Jornal de Arganil, notando que "têm vendido mais que eu, porque estão mais disponíveis". Não se arrepende, não só porque o que é um hobby, mas também porque não faz questão de ser a única a saber a arte. "Utilizo a linha número 6, ponho sempre forro e fecho em algumas. Gosto de acabar tudo com perfeição" e sublinha "não me interessa fazer muito, o que eu pretendo é terminar um trabalho e gostar de olhar para ele". Amante dos trabalhos artesanais desde sempre, esclarece que é um dom de família. Por falta de tempo, só faz carteiras, até porque não tem argolas suficientes para outros objectos. "Peço a toda a gente que tenha cafés e a pessoas que vão aos cafés. Por vezes prometem, prometem e não me dão nenhuma, mas eu lá vou pedindo", diz, rindo-se, acrescentando que recebe muitas da família, residentes no Porto e no Brasil.
Pródiga em aproveitar tudo o que antes ia, simplesmente, para o lixo, a reciclagem de materiais para o efeito começou com plásticos. Não vendeu, "porque não era o meu ideal". Na altura tinha acabado de terminar de vez o seu passatempo relacionado com o curso que tirou, de flores, sabonete e estanho. "Mas já não sou uma jovem. Começou a doer-me o braço e a cansar-me a vista". Até agora, as carteiras de variadas formas e tamanhos, não lhe têm causado problemas de maior, pelo contrário, já viu os seus trabalhos expostos em duas revistas da especialidade, mas loja não quer ter, nem fazer feiras. Na próxima edição de uma delas, terá mais uma vez as carteiras nas páginas da revista, de colecção Primavera-Verão.
As carteiras, refere, são simples, como aliás se designa a si própria. "Quanto mais feitios se fazem, acho que mais pesado se torna", vinca, avisando, novamente, que só faz o que gosta.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, de 26/06/2008
A linha de croché é habitual na confecção de carteiras feitas manualmente. O que já não é comum é a utilização, ao mesmo tempo, de argolas das latas de bebidas. O «toque» especial está a fazer sucesso em Góis e Arganil e Alzira Gonçalves diz já não ter mãos a medir com tantas encomendas.
A ideia veio do Brasil, quando familiares seus lhe trouxeram um exemplar. Viu a técnica e tirou o modelo para fazer uma carteira para si. Quem viu gostou, quis e a partir daí, a goiense tem guardado toda a matéria-prima para continuar a satisfazer as solicitações.
Além das encomendas, ensina a quem quiser aprender. Aliás, muitas das «aprendizes» já vendem mais que a própria. "Eu já ensinei a algumas pessoas e por sinal costumam fazer feiras de artesanato", conta ao Jornal de Arganil, notando que "têm vendido mais que eu, porque estão mais disponíveis". Não se arrepende, não só porque o que é um hobby, mas também porque não faz questão de ser a única a saber a arte. "Utilizo a linha número 6, ponho sempre forro e fecho em algumas. Gosto de acabar tudo com perfeição" e sublinha "não me interessa fazer muito, o que eu pretendo é terminar um trabalho e gostar de olhar para ele". Amante dos trabalhos artesanais desde sempre, esclarece que é um dom de família. Por falta de tempo, só faz carteiras, até porque não tem argolas suficientes para outros objectos. "Peço a toda a gente que tenha cafés e a pessoas que vão aos cafés. Por vezes prometem, prometem e não me dão nenhuma, mas eu lá vou pedindo", diz, rindo-se, acrescentando que recebe muitas da família, residentes no Porto e no Brasil.
Pródiga em aproveitar tudo o que antes ia, simplesmente, para o lixo, a reciclagem de materiais para o efeito começou com plásticos. Não vendeu, "porque não era o meu ideal". Na altura tinha acabado de terminar de vez o seu passatempo relacionado com o curso que tirou, de flores, sabonete e estanho. "Mas já não sou uma jovem. Começou a doer-me o braço e a cansar-me a vista". Até agora, as carteiras de variadas formas e tamanhos, não lhe têm causado problemas de maior, pelo contrário, já viu os seus trabalhos expostos em duas revistas da especialidade, mas loja não quer ter, nem fazer feiras. Na próxima edição de uma delas, terá mais uma vez as carteiras nas páginas da revista, de colecção Primavera-Verão.
As carteiras, refere, são simples, como aliás se designa a si própria. "Quanto mais feitios se fazem, acho que mais pesado se torna", vinca, avisando, novamente, que só faz o que gosta.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, de 26/06/2008
Etiquetas: artesanato
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home