quinta-feira, 3 de abril de 2008

Maternidade de árvores inaugurada ontem


A Lousitânea - Liga de Amigos da Serra da Lousã inaugurou ontem, em Aigra Nova, concelho de Góis, um novo viveiro de espécies autóctones, designado por Maternidade de Árvores.

O projecto já conta com mais de quatro anos mas estava a ser desenvolvido provisoriamente em terrenos cedidos pela Cooperativa Silvo-Agro Pecuária de Vila Nova do Ceira. Agora, com o apoio da população local (cedeu gratuitamente os terrenos com mais de 1300 metros quadrados) e da Câmara Municipal de Góis (arranjou os socalcos, colocou a vedação e fez os acessos), a Maternidade está instalada.

Espécies raras ou em extinção e de cariz autóctone, como o azereiro, azevinho, azinheira, carvalho alvarinho e negral, carvalhiça, castanheiro, folhado, gilbardeira, medronheiro, peseudoplátano, teixo, ulmeiro, entre tantas outras, passarão a ser ali reproduzidas para posterior reflorestação da Serra da Lousã.

Em média, as árvores que pela quantia de 15 euros anuais poderão ser apadrinhadas por particulares e empresas que as podem baptizar e acompanhar no seu crescimento, terão que ficar cerca de quatro anos neste espaço. As primeiras quatro mil já se encontram plantadas na Serra da Lousã com a ajuda de voluntários.

A passagem da Maternidade de Vila Nova do Ceira para Aigra Nova contou com a ajuda de um grupo de jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, que durante a férias da Páscoa participaram no primeiro campo de trabalho organizado pela Lousitânia. Duas jovens voluntárias, Paula Soheek, da Estónia, e Card Piton, de França, que há cerca de três meses se encontram em Góis onde irão permanecer mais outro tanto tempo, "têm-se revelado também de uma grande ajuda para a associação e para este projecto em particular", referem os responsáveis pela Liga de Amigos.

Ontem, no local, estiveram reunidas várias pessoas de diversas entidades, mas o destaque foi para as crianças da Escola EB 2,3 de Góis e EB 1 de Ponte de Sátão que presentearam os "filhotes" da Maternidade com faixas de mensagens alusivas à preservação da Natureza . Neste espaço funciona ainda um Centro de Educação Ambiental que em breve terá sede própria numa casa da aldeia onde será ainda instalado o Museu das Aldeias do Xisto.
in Jornal de Notícias, de 3/04/2008

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