domingo, 6 de abril de 2008

Academia da Vida à Beira do Mondego

Francisco Martins, este nome diz muito a Góis, natural da Ponte do Sótão, faleceu e encheu-nos de tristeza, homem bom, que fez vida longe da sua terra mas que nunca deixou de lhe estar ligada. O Chico, como era conhecido, foi um homem que viveu fora de Góis mas com o sentido na sua terra e a sua terra esqueceu-se de o homenagear como devia. Os motivos deste meu discurso são conhecidos por todos, ou seja, este homem trabalhou muito por Góis e também pelo nosso Jornal. Aos seus familiares endereço sentidas condolências pela perda irreparável do seu ente querido.
Volto-me agora para a Ponte de Sótão e suas instituições, primeiro pergunto - Quando se cria uma comissão de toponímia e se dão nomes às ruas daquela localidade? Estou disponível para ajudar, para fazer parte da comissão onde os representantes das suas instituições devem estar, da casa do povo que nem se dá pela sua presença - nem sei se ainda existe - pela associação de melhoramentos e assistência que se não morreu anda pelas ruas da amargura, pois nada se vê sair dessa instituição senão umas poucas iniciativas muito sem a dignidade que essa terra merece. Alegra-se o facto de o meu amigo Joaquim, dono do café S. Gens mexer com a terra fazendo espectaculares noites de karaoke para que a terra não morra à noite e assim ter vida para além do anoitecer.
A comissão de toponímia deve ser composta por um representante da junta de freguesia, por um representante de cada uma dessas instituições Casa do Povo e a Associação de Melhoramentos e Assistência e de outros cidadãos que poderão dar o seu contributo como por exemplo o Dr. João que é filho da terra e pessoa experiente pela sua formação académica e não só, estou disponível também para ajudar no que estiver ao meu alcance e já tenho ideias como por exemplo: a Praça Casimiro Barata, que deve ficar localizada onde hoje é o cimo da barreira, o Casimiro foi um grande Sotense e por isso aqui vai a minha homenagem a ele, a Rua Francisco Martins, até poderá ser a rua que vai da Praça Casimiro Barata até ao Bico da Vinha, a Calçada de Santa Ana, que poderá ser a artéria que sobe desde a casa da D. Carminda Ferreira ou do Gil até à rua que liga à eira da roda, já essa rua que passa junto ao café do Sr. Joaquim e da D. Helena poderá ser a Rua da Nossa Senhora do Rosário do Céu, a Rua de S. Gens, poderá ser a rua que inicia na capela de S. Gens e termina junto à casa do Tonecas, não esquecendo a Rua da Casa do Povo, que sairá da rua Francisco Martins até ao cruzamento da Cada do Povo, outra não menos importante é a Rua Anália Barata, que sai do terreiro da fábrica até ao cimo da fábrica, a Anália foi uma pessoa muito estimada na sua terra e comerciante dedicada e outras poderão ser discutidas quando quiserem pois estou disponível, às vezes só é necessário dar o primeiro passo para as coisas acontecerem.
Outro assunto, ao qual vou fazer menção nesta artigo é a entrevista concedida pelo Sr. Presidente da Câmara ao Varzeense publicado em 30 de Janeiro de 2008, nessa entrevista o Sr. Presidente diz claramente que aceita a crítica construtiva claro!! Que mais poderia ser? Então cá vai senhor presidente: nessa entrevista sobre saúde falou ZERO, os goienses têm o direito de saber o que vai acontecer ao SAP, se fecha se não fecha se temos de ir a correr para Arganil ou não. Sobre segurança o Sr. Presidente mencionou ZERO, o posto da GNR fecha ou não? É que é notório que cada vez menos os agentes na rua, caindo no ridículo de em certas situações ter de ir um agente sozinho ou de vir um agente de Arganil como foi o facto do ocorrido aquando do acidente no Rabadão que vitimou o Paulo Vidal, posso opinar sobre isso, se for permitido é claro, o seu homologo de Vila Nova de Poiares criou um Corpo de Polícia Municipal, porque é que V. Exa. não faz o mesmo, se achar necessário eu como cidadão ajudo, achando eu esta uma crítica construtiva e que tem pernas para andar, pois liberta a GNR para a sua função e exerce as suas competências próprias. Não tem nada a ver com p protocolo que foi assinado por causa dos grupos permamentes nos bombeiros, onde a culpa deve ser repartida pela Câmara e pela Associação Humanitária que gere os Bombeiros do qual por motivos óbvios me abstenho de criticar.
A povoação de Cimo do Álvem tem um problema, que é, assim que vem o mau tempo fica sem electricidade, porque ainda tem as velhinhas linhas que assim que tocam num ramo devido ao vento, vai logo a luz embora em vez de cabos que evitariam assim que uma população idosa ficasse às escuras, tem que ser os septuagenários lá residentes a manter os ramos afastados das linhas, eles não querem as luzes amarelas como existem em Caselhos, porque será? Sr. Presidente...
Na povoação de Pontão do Seladinho qual foi o investimento da autarquia no bem estar dos seus residentes nos últimos oito anos, a resposta é simples ZERO ou melhor pouco contando com as vezes que a Câmara vai lá fazer buracos para remendar a tubagem de água, na sua entrevista fala em construir uma praia fluvial e fico ansiosamente a aguardar que seja lá, o rio está posto ao abandono tem paredes caídas, tem um buraco enorme debaixo da estrada que atravessa a povoação podendo correr o perigo de derrocada, a Junta de Freguesia fez trabalhos de melhoria da fonte lá existente, mas o município é o que se vê, enterra milhares de euros no Baião, no Pombal e noutras coisas mais, na própria Vila as marcas no pavimento não estão visíveis. Mas nem tudo é mau a EN 342 está arranjada temos agora um motivo de orgulho acrescido: uma estrada arranjada que vem poupar-nos alguns euros no arranjo dos nossos veículos, faltando só um pouquinho desde a recta do Pião até à rotunda mas parece que isso está tratado. Por isso Sr. Presidente honra lhe seja feita, é que quer queiramos quer não, o seu nome vai sempre ficar ligado a essa obra que esperou décadas para a ser realizada.
Já agora se me é permitido, sugiro que seja atribuída a medalha do município a título póstumo ao Francisco Martins, isto porque infelizmente ele partiu sem que quem de direito o homenageasse condignamente, sugiro também, que esse grande vulto do regionalismo passe a fazer parte da toponímia da Vila de Góis.
Pedro Agostinho
in O Varzeense, de 30/03/2008

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