domingo, 16 de março de 2008

"Dez Réis de Gente" vai ao Machio

Depois da sua já longa caminhada, o "Dez Réis de Gente" vai, a convite da Junta de Freguesia do Machio, revisitar as míticas origens das suas principais personagens, na esperança de encontrar as diferenças entre o real, puro e duro, e o imaginário que só o autor percorreu, confrontando-se agora com as realidades tangíveis de uma aldeia que, antes, a tinha pintado em tons de verosimilhança.
Vai rever também os lugares recônditos cheios de encanto, os caminhos esconsos iluminados pelo luar, e uma esperança qie obrigava o João e o Felisberto a sonharem com céus de estrelas cintilantes, outras paragens de horizontes alargados, onde o futuro fosse mais risonho. Ainda que para isso tivessem de percorrer um longo caminho, cheio de percalços e impomderáveis da vida, que requeria muita persistência, grande capacidade de luta e de sofrimento.
Entretanto, mal sabiam, que as memórias da sua aldeia os perseguiriam para todo o lado como fonte de saudade, numa missão de denúncia que a todos marcava indelevelmente.
Os traços dolorosos das memórias, ficam para sempre vincados, às vezes como apelo ao cumprimento de uma sina liga às suas raízes, outras como luz de esperança.
Para reviver todas estas emoções lá estaremos no dia 21 do corrente m~es, pelas 16 horas, num esforço de aproximar o imaginário real, confrontado com o próprio palco da vida, onde as personagens vestiram roupagens adequadas à descrição de algo que hoje, aos olhos dos jovens ou dos distraídos, não passa duma fantasia grostesca. Importa por isso, deixar um registo para que nem tudo tenha sido em vão.
Para uma descrição mais pormenorizada, existe o "Dez Réis de Gente" aberto à leitura de quem o quiser fazer.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 13/03/2008

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