Clarisse, na graça de todos nós...
Na nossa vida que passa
Como um foguete veloz,
Só vale viver em graça
Na graça de todos nós.
Clarisse Barata Sanches
in, Rosários de Amor
A Mimosa poetisa de Góis quis ter a extrema amabilidade de me brindar, mais uma vez, com um dos seus livros, neste particular, o último: "Rosários de Amor", que é, pela sua delicadeza poética, um manancial de vida, onde perpassam memórias e factos, amorosamente burilados pelo cinzel literário da artista, Clarisse, que em cada página nos deixa as pétalas perfumadas dos seus rosários de vida.
Rosário, se nos abstrair-mos do seu significado religioso, quer dizer, série de coisas ou factos seguidos, como se fossem contas de um verdadeiro rosário, e que são, afinal, os Rosários de Amor da Clarisse, que, como contas poéticas emolduram este livro, que apetece ler e rezar, depois de ler e meditar uma dessas contas, (pág. 110)
Se eu fosse juiz atento
A questões de inimizade,
Eu daria em julgamento,
Penas de fraternidade!
É por isto que a Clarisse se agiganta, porque neste mundo frívolo, a alma do Poeta continua a ter ideias de fraternidade, dando-nos a alegria de sentirmos que vale a pena lutar por este ideal, porque se o perdermos, deixamos perder a nossa humanidade, razão que me leva a dizer, que este livro não é apenas para ler, é, também, para rezar, no sentido altruista que devemos Ter, que rezar, não é, apenas, recitar orações eclesiais, mas falar a Deus das coisas da vida concreta, onde a fraternidade é, na linha do amor de que Ele falou, possivelmente, uma das virtudes mais altas.
A poetisa não se esqueceu disto, como não se esqueceu, continuando a desfiar as contas dos seus Rosários de Amor, onde voam pombas mansas, de nos dizer o seguinte: (pág. 173)
Eu queria um mundo branco... sem mazelas,
Onde qualquer ser fosse pomba mansa
Sem precisar de guardas, sentinelas,
Para termos na vida, segurança.
Pelo sonho é que vamos, disse Sebastião da Gama, porque o sonho comanda a vida, sentenciou, António Gedeão, a que Clarisse junta esta quadra, que é, também um sonho, quando nos diz, Eu queria um mundo branco... sem mazelas, quando sabemos, o mundo que temos ... mas, que não deve inibir o Poeta de continuar a sonhar num mundo melhor, que é essa um dos seus melhores atributos: continuar a lutar por um mundo onde qualquer ser fosse pomba branca... embora lhe doa a alma, por ver tanta hipocrisia, um facto que não passou despercebido à Clarisse, que num dos seus momentos, em que o sonho se rendeu à realidade concreta das coisas - um poeta vive neste mundo - com alguma amargura, nos diz (pág. 50)
Neste mundo de louca fantasia,
Enquanto reinar tanta hipocrisia,
Não morrerá, jamais, o Carnaval!...
Obrigado, Clarisse, pelo sonho e pela realidade do seu livro.
Harmoniosamente, este dois factores cruzam-se e completam-se e todos são contas do mesmo "Rosário de Amor", porque ama sempre aquela que sonha e não deixa de amar aquele que pinta a realidade.
Continue a deliciar-nos com mais poemas.
Fica à espera o seu incondicional leitor, que sente e sabe de ciência certa, e tirando o chapéu ao que nos diz, que nesta vida que passa como um foguete veloz, só vale viver em graça... na graça de todos nós.
É deste modo que a Clarisse vive nos seus leitores: na graça de todos nós!
Teodoro A. Mendes
in A Comarca de Arganil, de 13/03/2008
Como um foguete veloz,
Só vale viver em graça
Na graça de todos nós.
Clarisse Barata Sanches
in, Rosários de Amor
A Mimosa poetisa de Góis quis ter a extrema amabilidade de me brindar, mais uma vez, com um dos seus livros, neste particular, o último: "Rosários de Amor", que é, pela sua delicadeza poética, um manancial de vida, onde perpassam memórias e factos, amorosamente burilados pelo cinzel literário da artista, Clarisse, que em cada página nos deixa as pétalas perfumadas dos seus rosários de vida.
Rosário, se nos abstrair-mos do seu significado religioso, quer dizer, série de coisas ou factos seguidos, como se fossem contas de um verdadeiro rosário, e que são, afinal, os Rosários de Amor da Clarisse, que, como contas poéticas emolduram este livro, que apetece ler e rezar, depois de ler e meditar uma dessas contas, (pág. 110)
Se eu fosse juiz atento
A questões de inimizade,
Eu daria em julgamento,
Penas de fraternidade!
É por isto que a Clarisse se agiganta, porque neste mundo frívolo, a alma do Poeta continua a ter ideias de fraternidade, dando-nos a alegria de sentirmos que vale a pena lutar por este ideal, porque se o perdermos, deixamos perder a nossa humanidade, razão que me leva a dizer, que este livro não é apenas para ler, é, também, para rezar, no sentido altruista que devemos Ter, que rezar, não é, apenas, recitar orações eclesiais, mas falar a Deus das coisas da vida concreta, onde a fraternidade é, na linha do amor de que Ele falou, possivelmente, uma das virtudes mais altas.
A poetisa não se esqueceu disto, como não se esqueceu, continuando a desfiar as contas dos seus Rosários de Amor, onde voam pombas mansas, de nos dizer o seguinte: (pág. 173)
Eu queria um mundo branco... sem mazelas,
Onde qualquer ser fosse pomba mansa
Sem precisar de guardas, sentinelas,
Para termos na vida, segurança.
Pelo sonho é que vamos, disse Sebastião da Gama, porque o sonho comanda a vida, sentenciou, António Gedeão, a que Clarisse junta esta quadra, que é, também um sonho, quando nos diz, Eu queria um mundo branco... sem mazelas, quando sabemos, o mundo que temos ... mas, que não deve inibir o Poeta de continuar a sonhar num mundo melhor, que é essa um dos seus melhores atributos: continuar a lutar por um mundo onde qualquer ser fosse pomba branca... embora lhe doa a alma, por ver tanta hipocrisia, um facto que não passou despercebido à Clarisse, que num dos seus momentos, em que o sonho se rendeu à realidade concreta das coisas - um poeta vive neste mundo - com alguma amargura, nos diz (pág. 50)
Neste mundo de louca fantasia,
Enquanto reinar tanta hipocrisia,
Não morrerá, jamais, o Carnaval!...
Obrigado, Clarisse, pelo sonho e pela realidade do seu livro.
Harmoniosamente, este dois factores cruzam-se e completam-se e todos são contas do mesmo "Rosário de Amor", porque ama sempre aquela que sonha e não deixa de amar aquele que pinta a realidade.
Continue a deliciar-nos com mais poemas.
Fica à espera o seu incondicional leitor, que sente e sabe de ciência certa, e tirando o chapéu ao que nos diz, que nesta vida que passa como um foguete veloz, só vale viver em graça... na graça de todos nós.
É deste modo que a Clarisse vive nos seus leitores: na graça de todos nós!
Teodoro A. Mendes
in A Comarca de Arganil, de 13/03/2008
Etiquetas: clarisse barata sanches, livro
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