Região Centro recebe monteiros
Com o aumento do número de javalis e consequentes prejuízos que estes trazem para a agricultura, aliado a uma possibilidade de rentabilização de recursos económicos e turísticos, as montarias ganham cada vez mais dimensão. Hoje o tiro de partida é dado em Arganil
A organização desta primeira montaria é da responsabilidade da Câmara Municipal de Arganil e do Grupo Desportivo de Caça e Pesca de Arganil.
O programa inicia-se às 8h00, com a concentração dos participantes na União Sarzedense, em Sarzedo». Segue-se às 9h00 o “taco”, um pequeno-almoço tradicional antes da montaria, bem reforçado e geralmente constituído por enchidos, carne de porco, queijo e presunto, não faltando uma sopa quente.
Pelas 10h00 são sorteadas as portas e a partida para a mancha é feita às 10h30. A montaria propriamente dita começa às 11h00 e termina pelas 15h00.
Findo o esforço, na tentativa de obter a melhor montaria, é tempo de almoço, na União Sarzedense, oferecido pela Câmara Municipal de Arganil, às 16h00.
O encerramento do evento é às 17h30, com a atribuição dos troféus e o leilão dos javalis abatidos.
Prevê-se que a mancha – espaço onde se realiza a montaria – tenha cerca de 100 hectares, o mesmo é dizer que estão reunidas condições para receber cerca de 65 caçadores.
Para os acompanhantes dos caçadores, a Região de Turismo do Centro refere que «oferece um passeio turístico, às mais belas paisagens naturais e monumentos históricos do concelho». Esta é, aliás, uma das novidades deste ano, uma vez que este passeio turístico vai ter lugar em todos os concelhos, palcos de montarias.
O calendário de actividades
«A contiguidade das iniciativas é uma aposta», declara Luís Fernandes, presidente da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral e explica que esta foi outra das preocupações: a calendarização das montarias, exceptuando em Arganil, vão acontecer aos sábados e domingos de cada fim-de-semana, permitindo assim aos monteiros participarem em mais do que uma iniciativa, sem terem de se sujeitar ao distanciamento temporal, habitual.
Assim, depois de Arganil, as montarias acontecem nos dias 5 e 6 de Janeiro de 2008, na Lousã e no Cadaval, respectivamente. No dia 12 em Soure e no dia 13 em Carregal do Sal, seguindo-se Alvaiázere dia 19 e Figueiró dos Vinhos, dia 20. O último fim-de-semana de Janeiro - dias 26 e 27 – está reservado para Condeixa e Penela.
No mês de Fevereiro, as caçadas começam no dia 2 em Tábua e no dia 3 são em Santa Comba Dão. Segue-se o fim-de-semana de Góis e Vila Nova de Poiares, que ocupam os dias 9 e 10, respectivamente. Mortágua recebe os monteiros no dia 16 e Miranda do Corvo a 17. É em Penacova, dia 23 e na Pampilhosa da Serra, no dia 24, que é fechada esta edição das Montarias da Região Centro.
A 1.ª Gala “José Manuel Alves” vai marcar o término de um período que contou com 17 montarias ao javali. A gala será no dia 8 de Março de 2008, nas Piscinas de Penacova. Durante o evento vão ser entregues os prémios de: melhor montaria, melhor matilha, melhor troféu e melhor mancha. No entanto, segundo os organizadores «pretende-se acima de tudo fomentar o convívio dos participantes nas Montarias do Centro»
Larga e duradoura tradição
A história das montarias da zona Centro remonta a 1994 e teve o seu início em Tábua. Ao verificar-se uma forte adesão à iniciativa, esta manteve-se ao longo dos anos, sendo hoje uma tradição enraizada.
Mas não só de pão vive o homem e ao verificar-se que em termos turísticos e económicos esta prática era (e é) uma forma de dar a conhecer e desenvolver a região – na altura, bastante ruralizada - e de atrair um cada vez maior número de visitantes, organizadores e parceiros perceberam que esta seria uma actividade positiva para a região. Aliás, Luís Fernandes, presidente da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral, adianta que «as montarias traziam caçadores de todas os cantos do país, que assim tomavam conhecimento da região e conheciam lugares que de outra forma, jamais conheceriam». Assim ganhou contornos o turismo cinegético, um tipo de turismo desenvolvido apenas em zonas de caça municipal.
Actualmente o representante da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral refere que as montarias se revestem de uma importância sem igual, pois relacionadas com elas, encontra-se um sem número de entidades a programá-las. Para além de todas estas razões, «a verdade é que frequentemente os javalis trazem enormes prejuízos para as produções agrícolas, algo que pode ser minimizado com a existência das montarias», conclui Luís Fernandes.
Bruna Martins
in Diário de Coimbra, de 15/12/2007
A organização desta primeira montaria é da responsabilidade da Câmara Municipal de Arganil e do Grupo Desportivo de Caça e Pesca de Arganil.
O programa inicia-se às 8h00, com a concentração dos participantes na União Sarzedense, em Sarzedo». Segue-se às 9h00 o “taco”, um pequeno-almoço tradicional antes da montaria, bem reforçado e geralmente constituído por enchidos, carne de porco, queijo e presunto, não faltando uma sopa quente.
Pelas 10h00 são sorteadas as portas e a partida para a mancha é feita às 10h30. A montaria propriamente dita começa às 11h00 e termina pelas 15h00.
Findo o esforço, na tentativa de obter a melhor montaria, é tempo de almoço, na União Sarzedense, oferecido pela Câmara Municipal de Arganil, às 16h00.
O encerramento do evento é às 17h30, com a atribuição dos troféus e o leilão dos javalis abatidos.
Prevê-se que a mancha – espaço onde se realiza a montaria – tenha cerca de 100 hectares, o mesmo é dizer que estão reunidas condições para receber cerca de 65 caçadores.
Para os acompanhantes dos caçadores, a Região de Turismo do Centro refere que «oferece um passeio turístico, às mais belas paisagens naturais e monumentos históricos do concelho». Esta é, aliás, uma das novidades deste ano, uma vez que este passeio turístico vai ter lugar em todos os concelhos, palcos de montarias.
O calendário de actividades
«A contiguidade das iniciativas é uma aposta», declara Luís Fernandes, presidente da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral e explica que esta foi outra das preocupações: a calendarização das montarias, exceptuando em Arganil, vão acontecer aos sábados e domingos de cada fim-de-semana, permitindo assim aos monteiros participarem em mais do que uma iniciativa, sem terem de se sujeitar ao distanciamento temporal, habitual.
Assim, depois de Arganil, as montarias acontecem nos dias 5 e 6 de Janeiro de 2008, na Lousã e no Cadaval, respectivamente. No dia 12 em Soure e no dia 13 em Carregal do Sal, seguindo-se Alvaiázere dia 19 e Figueiró dos Vinhos, dia 20. O último fim-de-semana de Janeiro - dias 26 e 27 – está reservado para Condeixa e Penela.
No mês de Fevereiro, as caçadas começam no dia 2 em Tábua e no dia 3 são em Santa Comba Dão. Segue-se o fim-de-semana de Góis e Vila Nova de Poiares, que ocupam os dias 9 e 10, respectivamente. Mortágua recebe os monteiros no dia 16 e Miranda do Corvo a 17. É em Penacova, dia 23 e na Pampilhosa da Serra, no dia 24, que é fechada esta edição das Montarias da Região Centro.
A 1.ª Gala “José Manuel Alves” vai marcar o término de um período que contou com 17 montarias ao javali. A gala será no dia 8 de Março de 2008, nas Piscinas de Penacova. Durante o evento vão ser entregues os prémios de: melhor montaria, melhor matilha, melhor troféu e melhor mancha. No entanto, segundo os organizadores «pretende-se acima de tudo fomentar o convívio dos participantes nas Montarias do Centro»
Larga e duradoura tradição
A história das montarias da zona Centro remonta a 1994 e teve o seu início em Tábua. Ao verificar-se uma forte adesão à iniciativa, esta manteve-se ao longo dos anos, sendo hoje uma tradição enraizada.
Mas não só de pão vive o homem e ao verificar-se que em termos turísticos e económicos esta prática era (e é) uma forma de dar a conhecer e desenvolver a região – na altura, bastante ruralizada - e de atrair um cada vez maior número de visitantes, organizadores e parceiros perceberam que esta seria uma actividade positiva para a região. Aliás, Luís Fernandes, presidente da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral, adianta que «as montarias traziam caçadores de todas os cantos do país, que assim tomavam conhecimento da região e conheciam lugares que de outra forma, jamais conheceriam». Assim ganhou contornos o turismo cinegético, um tipo de turismo desenvolvido apenas em zonas de caça municipal.
Actualmente o representante da Federação de Caça e Pesca da Beira Litoral refere que as montarias se revestem de uma importância sem igual, pois relacionadas com elas, encontra-se um sem número de entidades a programá-las. Para além de todas estas razões, «a verdade é que frequentemente os javalis trazem enormes prejuízos para as produções agrícolas, algo que pode ser minimizado com a existência das montarias», conclui Luís Fernandes.
Bruna Martins
in Diário de Coimbra, de 15/12/2007
1 Comments:
Bom dia a todos, gostaria de deixar aqui o meu comentário, estou de acordo em tudo o que o Sr. Eng. Luis Fernandes comentou, estas iniciativas são de louvar, não só fomentam a boa pratica da caça, como um convivio salutar entre todos os elementos envolvidos neste tipo de inventos, caçadores ou não, pois as montarias não se destinam unicamente aos caçadores pelo contrario, a todos os que nelas queiram participar, levando esta pratica a um contacto directo com a Natureza e a um conhecimento mais intimo do nosso Território Nacional.
Um abraço,Paulo Grácio.
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