quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Do trabalho nasce a reconstrução da sede dos escuteiros

O Grupo de Escuteiros 74 de Góis já começou a trabalhar para ver se consegue pôr o seu sonho da reconstrução do barracão para a sua sede. Terminámos o ano escutista, mas nem por isso a chefia deixou de arregaçar as mangas e dar provas daquilo que é capaz de fazer. Tivemos momentos difíceis de suportar e de muito cansaço e outros bem mais leves e até muito engraçados.
Sabemos que as nossas instituições não nos podem oferecer tudo o que precisamos, temos de trabalhar se quisermos alcançar o sonho de termos o mais breve possível uma sede nossa. A batalha não é fácil, mas também sempre se ouviu dizer que é com as dificuldades que se cresce e dá valor ao que temos, é também por isso que queremos mostrar aos nossos jovens que não devemos baixar os braços às primeiras dificuldades e levantar sempre a cabeça dizendo somos capazes de fazer aquilo que queremos basta trabalhar, lutar e acreditar.
Queremos deixar o nosso agradecimento à Câmara Municipal de Góis, às Juntas de Freguesia do concelho, às instituições, aos pais, aos elementos da Júnior, ao chefe Lucas e a toda a sociedade goiense que nos tem apoiado de uma forma exemplar.
A chefia tem tentado dar o exemplo de trabalho aos seus meninos, pois não é só a falar que se ensina, mas com atitudes e exemplos e desta forma não deixamos passar às duas grandes oportunidades de se angariar alguns trocados para que o sonho se torne realidade. O grande objectivo de momento é mesmo a nossa sede.
Na Facig juntamo-nos à Lousitanea e lá estivemos num stand com coisas para vender. Eram t-shirts, camisolas, livros, apitos, porta chaves, pin's, o jogo do prego, as fotos do nosso boneco escuteiro (obrigado "Sandrita" pelo teu trabalho espectacular), quadros pintados por um elemento da chefia, colares, brincos e carteiras feitos por uma mãe de um escuteiro, enfim, eram vários objectos postos a venda com um só pensamento: angariar uns euros para o sonho. Mas no segundo dia apareceram as garrafas com um furinho para receber qualquer moeda que lhe quisessem colocar, porque por parte de quem o recebia havia sempre um sorriso, dizendo: "grão a grão enche a galinha o papo". A chefe Célia, mais alguns meninos(as) da Tribo saíram do stand com um cestinho e pela feira foram fazendo um choradinho para mais umas migalhas se juntarem e já éramos apelidados pela peste de Verão. Mas com tudo isto depois de pagarmos a quem devíamos conseguimos cerca de 600 euros. Muito obrigado a quem contribui com esta peste de Verão.
No fim-de-semana seguinte as coisas foram um pouco mais cansativas, mas também mais lucrativas, tínhamos de aproveitar a festa dos motards em Góis. Mais uma vez a chefia arregaçou as mangas e sem descanso se pensou em alguma forma angariar mais uns euros para o Grupo de Escuteiros.
Foi bastante duro, cerca de 56 horas de trabalho consecutivo, em que a chefia teve de dar o seu melhor e se foi revezando assegurando o trabalho de cobrar 2 euros por dia no estacionamento. Sinceramente, valeu a pena conseguimos cerca de 1350 euros no parque de estacionamento que nos foi cedido por uma família goiense, limpo pela Câmara Municipal e iluminado pelo Grupo de Motares de Góis. A todos muito obrigado.
Primeiro pensou-se que às três da manhã viríamos embora para voltar a guardar o parque depois das oito da manhã, mas a chefe Sandra pensou (e muito bem) que o trabalho de um escuteiro deve ser mais perfeito e então houve que repensar no assunto, e o Grupo de Escuteiros fez das tripas coração (trabalhou consecutivamente) e mesmo cansada trabalhou para que nada acontecesse às viaturas que lhes tinham sido confiadas. A verdade é que nada de mal aconteceu, tivemos foi pena de o parque apesar de ser grande ter-se tornado tão pequeno.
Tivemos pessoas que confiaram de verdade no nosso trabalho chegando a entregar-nos várias chaves de carros, para caso ser necessário se retirarem, nós o fizéssemos.
Vejam a nossa sorte até a chave de um Mercedes SLK tivemos nas nossas mãos, mas de verdade nada aconteceu e nem nos carros tivemos de mexer.
Apenas acabamos esta etapa para que começamos sexta-feira, dia 17 de Agosto, no domingo, dia 19, por volta do meio-dia, o cansaço era muito, mas o sorriso muito maior, pois mais uma vez conseguimos mostrar que não queremos só pedir, pois também "estamos sempre prontos" para trabalhar por causas nobres.
Começamos pelo telhado no trabalho da reconstrução da nossa sede, no dia 15, com a ajuda de várias pessoas que se voluntariaram em arrancar com o sonho e tornando-o realidade.
Agradecemos a todos os goienses que colaboraram de uma forma tão generosa connosco, e informa-los que estamos abertos a todas ajudas que nos queiram oferecer.
Caso queiram entrar em contacto com alguma ideia ou apenas queiram saber como vão os nossos trabalhos poderão fazê-lo para o nosso e-mail: escoteiros74gois@gmail.com
Célia Sanches
in A Comarca de Arganil, de 25/09/2007

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