Telhada comemorou 61 anos de vida da sua Liga de Melhoramentos
Num ambiente festivo, de espírito colectivo, a Liga de Melhoramentos de Telhada mobilizou os seus associados, a grande maioria a residir na capital, enchendo um autocarro em excursão, vindo outros a residir em aldeias vizinhas.
Um lauto almoço promovido na aldeia foi super confeccionado e servido pelo Café-Restaurante "Miguélia", de Chã de Alvares, que está a saber honrar a gastronomia da região.
Os excursionistas visitaram alguns locais aprazíveis no percurso e tiveram como animador musical Luís António, do Coelhal, que no final do almoço fez vibrar os presentes com o toque da concertina, obrigando alguns a um pezinho de dança.
Para não se fugir à regra nestes encontros, houve uso da palavra; e a primeira intervenção foi do presidente da assembleia-geral, Silvério Rosa, que se congratulou com mais um aniversário da colectividade e da forma como tudo estava a decorrer e agradeceu a disponibilidade dos excursionistas em virem participar no almoço à terra natal.
O associado Raul Lopes Alves começou por se referir aos anos vividos, que enquanto o idade de uma pessoa passa, a vida de uma colectividade continua a escrever páginas na sua história. Homenageando aqueles que lhe deram vida e os que a mantêm nestes 61 anos, com vontade e coragem, frisou, no entanto, que a Liga tem passado por diversos ciclos, bons e maus, recordando que em 1970 esteve mesmo inactiva, sendo-lhe entregue um livro onde apenas tinha inscrito menos de 20 sócios que pagavam quotas e o respectivo espólio, que se encontrava metido num caixote em armazém de ferro velho de António Rodrigues, que elogiou a sua forma de estar nessa altura. A partir daí, como disse Raul Lopes Alves, o espírito colectivo de todos tem vindo a superar todas as lacunas, esperando agora que o futuro, entregue a gente jovem, seja orientado através dos livros que lhe foram legados e apesar de todas as mudanças operadas na sociedade, "saibam controlar e honrar os pergaminhos dos grandes pioneiros e outros que os seguiram e que já não se encontram junto de nós".
Américo Rodrigues, figura carismática da colectividade em festa e autor do livro "História da Telhada", sendo dado o seu nome à Biblioteca, inaugurada em Setembro último, fez apologia da coragem dos promotores da Liga de Melhoramentos e aos que de alguma forma têm continuado a obra com espírito empreendedor, fazendo um apelo aos jovens para que não deixem morrer.
O presidente da direcção, Carlos Lopes Rosa, começou por lamentar o desprezo dado pela Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia de Alvares, por nem sequer darem resposta ao convite que lhes foi endereçado para participarem no almoço de aniversário da colectividade. Como disse, na verdade, não se pode negar de que estamos num mundo de interesses, em que cada aldeia é valorizada consoante os votos que são metidos nas urnas em tempo de eleições. Deu ainda conta da actividade da direcção e da força que a move em fazer mais e melhor emm prol daquela comunidade.
Seguiu-se uma assembleia-geral para aprovação das contas de 2006, as quais foram aprovadas, com um voto de louvor pelo conselho fiscal à direcção.
Antes da partida dos excursionistas rumo a Lisboa, foi por todos saboreado um bolo de aniversário e com este gesto voltou-se mais uma página da história de uma colectividade que tenta resistir ao êxodo que marca, com tristeza, o mundo rural.
Por fim, dando conta do nosso raciocínio em relação ao descontentamento manifestado pelo presidente da direcção, é de facto um dever por parte do poder local tomar parte nesses encontros, numa altura própria de ouvir as populações e dar-lhes até conta de algumas directrizes sobre leis autárquicas e PDM, que de alguma forma poderão interessar às duas partes, sobretudo a casais mais jovens que pretendam investir em reconstruções urbanas.
R.L.A.
in Jornal de Arganil, de 31/05/2007
Um lauto almoço promovido na aldeia foi super confeccionado e servido pelo Café-Restaurante "Miguélia", de Chã de Alvares, que está a saber honrar a gastronomia da região.
Os excursionistas visitaram alguns locais aprazíveis no percurso e tiveram como animador musical Luís António, do Coelhal, que no final do almoço fez vibrar os presentes com o toque da concertina, obrigando alguns a um pezinho de dança.
Para não se fugir à regra nestes encontros, houve uso da palavra; e a primeira intervenção foi do presidente da assembleia-geral, Silvério Rosa, que se congratulou com mais um aniversário da colectividade e da forma como tudo estava a decorrer e agradeceu a disponibilidade dos excursionistas em virem participar no almoço à terra natal.
O associado Raul Lopes Alves começou por se referir aos anos vividos, que enquanto o idade de uma pessoa passa, a vida de uma colectividade continua a escrever páginas na sua história. Homenageando aqueles que lhe deram vida e os que a mantêm nestes 61 anos, com vontade e coragem, frisou, no entanto, que a Liga tem passado por diversos ciclos, bons e maus, recordando que em 1970 esteve mesmo inactiva, sendo-lhe entregue um livro onde apenas tinha inscrito menos de 20 sócios que pagavam quotas e o respectivo espólio, que se encontrava metido num caixote em armazém de ferro velho de António Rodrigues, que elogiou a sua forma de estar nessa altura. A partir daí, como disse Raul Lopes Alves, o espírito colectivo de todos tem vindo a superar todas as lacunas, esperando agora que o futuro, entregue a gente jovem, seja orientado através dos livros que lhe foram legados e apesar de todas as mudanças operadas na sociedade, "saibam controlar e honrar os pergaminhos dos grandes pioneiros e outros que os seguiram e que já não se encontram junto de nós".
Américo Rodrigues, figura carismática da colectividade em festa e autor do livro "História da Telhada", sendo dado o seu nome à Biblioteca, inaugurada em Setembro último, fez apologia da coragem dos promotores da Liga de Melhoramentos e aos que de alguma forma têm continuado a obra com espírito empreendedor, fazendo um apelo aos jovens para que não deixem morrer.
O presidente da direcção, Carlos Lopes Rosa, começou por lamentar o desprezo dado pela Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia de Alvares, por nem sequer darem resposta ao convite que lhes foi endereçado para participarem no almoço de aniversário da colectividade. Como disse, na verdade, não se pode negar de que estamos num mundo de interesses, em que cada aldeia é valorizada consoante os votos que são metidos nas urnas em tempo de eleições. Deu ainda conta da actividade da direcção e da força que a move em fazer mais e melhor emm prol daquela comunidade.
Seguiu-se uma assembleia-geral para aprovação das contas de 2006, as quais foram aprovadas, com um voto de louvor pelo conselho fiscal à direcção.
Antes da partida dos excursionistas rumo a Lisboa, foi por todos saboreado um bolo de aniversário e com este gesto voltou-se mais uma página da história de uma colectividade que tenta resistir ao êxodo que marca, com tristeza, o mundo rural.
Por fim, dando conta do nosso raciocínio em relação ao descontentamento manifestado pelo presidente da direcção, é de facto um dever por parte do poder local tomar parte nesses encontros, numa altura própria de ouvir as populações e dar-lhes até conta de algumas directrizes sobre leis autárquicas e PDM, que de alguma forma poderão interessar às duas partes, sobretudo a casais mais jovens que pretendam investir em reconstruções urbanas.
R.L.A.
in Jornal de Arganil, de 31/05/2007
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