sexta-feira, 22 de junho de 2007

O Conselho Regional

Tal como foi largamente noticiado na imprensa regional, foram eleitos, em Assembleia Geral, os corpos sociais da Casa do Concelho de Góis que resultou, praticamente, na recondução dos elementos da antiga equipa, com excepção do Conselho Regional, o qual foi alvo dum pequeno reajustamento em consequência dos lugares deixados vagos.
Pese embora o seu funcionamento sem dificuldades de maior, este órgão tem sido alvo de várias polémicas acaso ocorridas, no que diz respeito ao âmbito da sua função. Acontece que, como em tudo na vida, aonde não chega a "Lei" deve imperar o bom senso, remédio indicado para lacunas de somenos importância, no entendimento de quem colabora de boa fé e não vai além disso.
Dentro dum certo espírito de bom entendimento, foi encontrada uma nova equipa com vontade de trabalhar e de restabelecer um clima de diálogo com todos os parceiros-sociais, incluindo a autarquia, de modo a harmonizar a imagem do movimento regionalista com os diversos interesses do Concelho, em busca dum trabalho profícuo. Não inventar conflitos mesquinhos de ordem pessoal, eivados de tendência persecutória é a palavra de ordem.
Entendemos o regionalismo como um movimento de solidariedade em conjunto com todas as forças vivas interessadas no bem comum da região, tentando ultrapassar barreiras que surjam pela frente e vencer dificuldades de ordem individual. Em cada dia que passa, vamos sendo cada vez menos elementos dedicados à defesa do nosso torrão-natal, importa, por isso, canalizar todas as forças disponíveis para um objectivo onde o esforço e a vontade possam ser convergentes.
É visível, em todos os elementos, a tendência para se trilhar outro caminho sem grandes espaventos, outra atitude sem o rasgo da velha sobranceria descabida, outra imagem sem posições antagónicas; é para isso que estamos motivados. Procura-se seguir viagem com vento bonançoso, dentro da acalmia que deriva do diálogo, criando as condições necessárias para o cumprimento de mais um mandato sem grandes alaridos, nem fricções, mas sim com trabalho válido em benefício da colectividade, onde ninguém se sinta descriminado nem olhado de lado.
Estamos movidos de boas intenções, possuidores dum saber de experiência feito, contudo, cientes de que não agradaremos a toda a gente. Mas, para este caso, haverá sempre bom remédio.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 15/06/2007

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