segunda-feira, 30 de abril de 2007

Nota de imprensa: vigília pelas árvores

Cerca de 20 pessoas estiveram hoje a vigiar uma zona que desde o dia 25 de Abril está a ser alvo de uma acção de limpeza e de corte/arranque de árvores para posterior cultivo de árvores de fruto. A propriedade privada, a quinta da Savana, com cerca de 17 hectares, está situada junto ao Rio Ceira, na zona da Murtinheira, Vila Nova do Ceira, em Góis (distrito de Coimbra).

Os vigilantes, membros e simpatizantes do GAIA e do Colectivo Germinal, verificavam se não se cometiam mais ilegalidades no local, como o corte/arranque de oliveiras (razão pela qual a GNR de Góis imitiu uma contra-ordenação) e o corte de árvores nas margens do rio sem autorização.

As zonas junto ao rio são extremamente importantes do ponto de vista ambiental, atraem animais para o local (as lontras, por exemplo, são uma espécie importante que existe no rio Ceira) e protegem das cheias. Portanto, as margens devem ser protegidas e o uso do terreno (que já não é cultivado há cerca de 30 anos) para futuros viveiros pode ser prejudicial.

Acrescentando-se o facto da zona ser Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional, com carvalhos e sobreiros no local, o grupo considera que a situação merece uma vigília permanente e não a passividade com a qual responderam as entidades face ao ocorrido.

Como esta, muitas situações de corte/arranque ilegal de árvores e de negligência para com a Natureza acontecem frequentemente em Góis, segundo locais, e como imaginamos, em Portugal. Não há fiscalização adequada, as denúncias não existem com muita frequência ou não têm o devido seguimento. Os vigilantes consideram que há danos que são irreversíveis e o corte de árvores é um deles, e esperam que as autoridades deem contam da situação.

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