quarta-feira, 21 de março de 2007

O combóio e a desertificação do concelho

A propósito da notícia que transcrevemos do Diário as Beiras sobre o caminho de ferro e o que seria a sua influência nos municípios do interior da nossa região fez-nos pensar no que tem sido a evolução demográfica no nosso concelho e, naturalmente, com o seu declínio e dificuldades económicas e de desenvolvimento.

Na verdade se, em 1911 eram 12466 os residentes no concelho, população que se foi mantendo mais ou menos estável até a década de 50 do século passado, já, em 2001, essa mesma população era apenas de 4896.

Uma projecção para a população residente em 2015, vide o estudo Carta Educativa – Concelho de Góis, a população do concelho baixará para 3690 habitantes!

Este é o grande problema que enfrenta este concelho e era sobre ele que se deveriam debruçar todos os que por ele se interessam. Autarcas, partidos, empresários e população civil.

Como inverter esta situação não pode ser assacada de uma forma ligeira aos autarcas de hoje ou de ontem, que estão ou estiveram à frente do município, mas antes a uma miopia galopante do poder central que deixa crescer todos os “Casais Ventosos” e “Covas da Moura” deste país, esquecendo e neglegenciando o seu belo interior.
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