sexta-feira, 9 de março de 2007

Lágrima Oculta, de Abílio Bandeira Cardoso

São lágrimas, de amor, ardentes
Que não caem, não vivem, não rolam
São gritos de medo, valentes,
Que na lama da dor se atolam

São pôr-do-sol nascentes
No ocaso novas noites se envolam
Amanhecem auroras morrentes
Que em raios de sol descolam

A vida segue, às vezes sem sentido
Em dor que se não sente, mas existe,
Como um sorriso adormecido...

Nesse sentimento, não vivido
A felicidade na dor persiste
E o amor na dor é vertido...

Abílio Bandeira Cardoso

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