Colmeal - Inauguração da Biblioteca da União
Em 2005, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal (UPFC) lançou a ideia de implantar uma biblioteca na aldeia. No domingo, dia 10, procedeu-se à sua inauguração, no andar superior do Centro Paroquial Padre Anselmo.
Depois de decidido o espaço para a instalação da biblioteca (embora a título precário); depois do apelo feito tendo em vista a oferta de livros, e do sucesso que o mesmo teve, a UPFC pôde oficializar a abertura da Biblioteca da União, para servir uma populaçõ carente em ofertas culturais.
A satisfação de António Domingos Santos, presidente da colectividade, era evidente. Não só porque se cumpria "mais uma etapa" na vida da União, mas também porque se podia verificar que, de facto, sócios e amigos da União Progressiva da Freguesia do Colmeal haviam "apadrinhado" a ideia "deram-nos livros, comprámos estantes, outras foram oferecidas, ajudaram-nos com donativos", afirmou.
Agora, os colmealenses têm acesso à escrita e ao pensamento de um conjunto de autores portugueses, tendo António Domingos Santos destacado Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Almeida Garrett, Luís de Camões, Bocage, os "vossos conhecidos" António Lopes Machado, Lisete Almeida de Matos e Adriano Pacheco, entre outros; bem como Saramago "também está representado, mas ele faz parte da vida da nossa União, pois foi secretário da direcção entre 1948/50 e 54/55".
O intuito é ajudar "os outros a ler e a gostar de ler", e para tal também está nos propósitos da UPFC a instalação de equipamento informático, provavelmente quando tiverem, entre outros requisitos, novas instalações.
"90% dos portugueses não lê"
Considerando que a "biblioteca é como que uma encruzilhada de culturas", o presidente da colectividade lamentou que além dos portugueses "saírem cedo de mais" da escola, "noventa por cento não lê". Assim, é da opinião de que o Estado e as escolas devem ter um papel activo no que respeita ao estímulo de hábitos de leitura entre a população. No entanto, continuou, "cabe também a nós todos e a cada um em particular proporcionar e incentivar esse hábito", para que as novas gerações tenham consciência de que ler é a "chave" para o desenvolvimento e prosperidade de um país. O exemplo veio dos países mais ricos do mundo em que apresentam dados mais elevados de leitura média anual, contrapondo com a miséria e apobreza associado ao analfabetismo e a uma baixa taxa de leitura, quer em relação a livros, quer a jornais.
Ao responsabilizar a sociedade no incentivo aos hábitos de leitura, António Domingos Santos entende que estes devem "ser incutidos no seio das famílias e devem ser implementados desde tenra idade".
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, Helena Moniz, compreende o significado da inauguração de uma biblioteca, pois apesar da era da tecnologia em que se vive, "o livro foi, é, e continuará a ser um veículo de cultura". Assim, para a autarca vale a pena incentivar o gosto pela leitura, em qualquer idade, até porque, "um livro pode ser um grande amigo para as longas horas de solidão, um conselheiro sempre ao lacance da mão" podendo também "levar-nos a viajar por horizontes longínquos e fazer-nos sonhar". Deste modo, a Câmara Municipal de Góis contribuiu, mais uma vez, com a oferta de livros para a Biblioteca.
Espaço cultural
A cerimónia de inauguração da biblioteca contou ainda com a oferta de um quadro a óleo pintado pelo sócio Mário Domingos. Segundo o presidente da União, estava assim a dar-se o primeiro passo para a criação de um espaço de exposição de obras. Seria, portanto, uma galeria, com desenhos, pinturas, gravuras, esculturas "ou qualquer outra expressão artística", que poderão ser feitas pelos sócios ou amigos da colectividade e da freguesia.
No final, e como habitualmente acontece todos os anos, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal ofereceu prendas às suas crianças da aldeia, cinco rapazes e uma rapariga, com idades compreendidas entre os 2 e os 9 anos.
Diana Duarte
in A Comarca de Arganil, de 19/12/2006
Depois de decidido o espaço para a instalação da biblioteca (embora a título precário); depois do apelo feito tendo em vista a oferta de livros, e do sucesso que o mesmo teve, a UPFC pôde oficializar a abertura da Biblioteca da União, para servir uma populaçõ carente em ofertas culturais.
A satisfação de António Domingos Santos, presidente da colectividade, era evidente. Não só porque se cumpria "mais uma etapa" na vida da União, mas também porque se podia verificar que, de facto, sócios e amigos da União Progressiva da Freguesia do Colmeal haviam "apadrinhado" a ideia "deram-nos livros, comprámos estantes, outras foram oferecidas, ajudaram-nos com donativos", afirmou.
Agora, os colmealenses têm acesso à escrita e ao pensamento de um conjunto de autores portugueses, tendo António Domingos Santos destacado Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Almeida Garrett, Luís de Camões, Bocage, os "vossos conhecidos" António Lopes Machado, Lisete Almeida de Matos e Adriano Pacheco, entre outros; bem como Saramago "também está representado, mas ele faz parte da vida da nossa União, pois foi secretário da direcção entre 1948/50 e 54/55".
O intuito é ajudar "os outros a ler e a gostar de ler", e para tal também está nos propósitos da UPFC a instalação de equipamento informático, provavelmente quando tiverem, entre outros requisitos, novas instalações.
"90% dos portugueses não lê"
Considerando que a "biblioteca é como que uma encruzilhada de culturas", o presidente da colectividade lamentou que além dos portugueses "saírem cedo de mais" da escola, "noventa por cento não lê". Assim, é da opinião de que o Estado e as escolas devem ter um papel activo no que respeita ao estímulo de hábitos de leitura entre a população. No entanto, continuou, "cabe também a nós todos e a cada um em particular proporcionar e incentivar esse hábito", para que as novas gerações tenham consciência de que ler é a "chave" para o desenvolvimento e prosperidade de um país. O exemplo veio dos países mais ricos do mundo em que apresentam dados mais elevados de leitura média anual, contrapondo com a miséria e apobreza associado ao analfabetismo e a uma baixa taxa de leitura, quer em relação a livros, quer a jornais.
Ao responsabilizar a sociedade no incentivo aos hábitos de leitura, António Domingos Santos entende que estes devem "ser incutidos no seio das famílias e devem ser implementados desde tenra idade".
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, Helena Moniz, compreende o significado da inauguração de uma biblioteca, pois apesar da era da tecnologia em que se vive, "o livro foi, é, e continuará a ser um veículo de cultura". Assim, para a autarca vale a pena incentivar o gosto pela leitura, em qualquer idade, até porque, "um livro pode ser um grande amigo para as longas horas de solidão, um conselheiro sempre ao lacance da mão" podendo também "levar-nos a viajar por horizontes longínquos e fazer-nos sonhar". Deste modo, a Câmara Municipal de Góis contribuiu, mais uma vez, com a oferta de livros para a Biblioteca.
Espaço cultural
A cerimónia de inauguração da biblioteca contou ainda com a oferta de um quadro a óleo pintado pelo sócio Mário Domingos. Segundo o presidente da União, estava assim a dar-se o primeiro passo para a criação de um espaço de exposição de obras. Seria, portanto, uma galeria, com desenhos, pinturas, gravuras, esculturas "ou qualquer outra expressão artística", que poderão ser feitas pelos sócios ou amigos da colectividade e da freguesia.
No final, e como habitualmente acontece todos os anos, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal ofereceu prendas às suas crianças da aldeia, cinco rapazes e uma rapariga, com idades compreendidas entre os 2 e os 9 anos.
Diana Duarte
in A Comarca de Arganil, de 19/12/2006
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