sábado, 18 de novembro de 2006

Dia Mundial da Diabetes comemorou-se no dia 14

Mais de três milhões de pessoas no mundo inteiro morrem devido a complicações com a diabetes, segundo a Federação Internacional da Diabetes (FID). Esta doença atinge mais de 200 milhões de pessoas, enquanto que em Portugal esse número varia entre os 400 e os 500 mil.

Há muitos mitos relacionados com a diabetes. Apesar desta ser uma doença bastante conhecida da população em geral, a verdade é que ainda há muitas concepções divergentes do que realmente é esta enfermidade. Também no sentido de assinalar este dia, deixamos aqui alguns esclarecimentos neste âmbito.
Uma ideia frequente é que os diabéticos não podem comer açúcar ou produtos açucarados, mas esta é apenas parte da dieta do diabético, porque estes doentes têm regras específicas a cumprir no que toca à alimentação.
Dos diferentes tipos da doença, tipo 1 e 2, é frequente existir a ideia de que a diabetes do tipo 2 é menos grave do que a tipo 1. O que leva a esta ideia errada é o facto desta atingir com frequência crianças e jovens e da sua terapêutica estar associada à administração de insulina através de injecções!
A diabetes não é provocada pelo açúcar que se ingere, pois as causas da diabetes são outras. No entanto, o açúcar, quando consumido em excesso pode contribuir para uma alimentação errada e para a obesidade, que por sua vez pode levar ao aparecimento da diabetes tipo 2.
Saiba também que metade dos diabéticos adultos não-gordos são, na realidade, do tipo 1 e este tipo de diabetes ocorre, também, em idosos. Por seu lado, em situações bastante raras de diabetes familiar ou, em casos de obesidade, a diabetes da criança ou do jovem pode ser do tipo 2.
Nos casos mais avançados da doença tem que se injectar insulina no tecido subcutâneo, através da pele da barriga, das coxas ou dos braços, preferencialmente. Só em situações de urgência, no hospital e nas unidades hospitalares é que pode ser administrada nos músculos ou nas veias, ou seja, por perfusão contínua. Ainda neste campo é usual que as pessoas acreditem que a insulina cria dependência, o que é um erro. O que acontece é que se associa, por vezes, erradamente, o conceito de insulino-dependência com habituação. O diabético insulino-dependente é dependente da insulina porque necessita dela para sobreviver pois o seu corpo (o pâncreas) não a produz.
Por outro lado, alguns diabéticos do tipo 2 podem necessitar de tratamento com insulina durante alguns períodos e depois retomar a medicação anterior com comprimidos. Por exemplo: diabéticos do tipo 2 que necessitem de ser internados ou que adoecem com outras doenças que os impendem de se alimentar convenientemente ou ainda aqueles a quem os comprimidos não perecem estar a resultar.
As grávidas diabéticas necessitam, por vezes, de insulina durante a gravidez e, só muito raramente vêm a necessitar dela fora da gravidez.
Actualmente, a única forma do corpo receber insulina é através de injecções. Não existem outras formas eficazes de administração de insulina sem ser através de «picadas»: seringas, dispositivos tipo canetas ou bombas de infusão contínua.
A diabetes já é a quarta causa de morte na maioria dos países desenvolvidos e tem graves implicações a nível cardiovascular, renal, de amputações e cegueira. Trata-se de uma "epidemia silenciosa", ligada a comportamentos e que, pela primeira vez, se começa a associar à diminuição da esperança média de vida da população, o que não acontecia há poucos anos.

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