segunda-feira, 30 de outubro de 2006

A natureza veste-se de cor para a morte
Assume vermelhos, castanhos e amarelos
Assume os seus tons caídos mais belos
Despede-se da vida numa dança forte

Entre folhas voadas rumo sem norte
Imagino teu corpo afagado em singelos
cair de folhas, com que construo castelos...
Muralhadas torres de que és contraforte

Vem, segreda-me cores do universo
Que a natureza pinta com magia
Na sua morte em tons de alegria...

Vem amar-me nas folhas imerso
Vem atirar-me folhas em verso
E da tua boca dá-me toda a poesia

Abílio Bandeira Cardoso

Etiquetas: ,