Greve dos enfermeiros - Sindicato fala em adesão de 70 a 75% no distrito de Coimbra
O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no Centro, Paulo Anacleto, anunciou hoje que a greve da classe atingiu hoje no distrito de Coimbra entre 70 a 75 por cento, com «enorme impacto» nos serviços.
«É uma excelente greve, um claro 'cartão vermelho', uma vez mais, a este Ministério da Saúde», disse o dirigente à Agência Lusa, frisando que, por exemplo, «no bloco operatório central dos Hospitais da Universidade de Coimbra - o maior do país - estão a trabalhar apenas dois dos 40 profissionais» escalados.
Paulo Anacleto garante que «os serviços mínimos estão sempre assegurados», mas «muitos tratamentos e consultas ficaram por fazer».
Com uma paralisação de enfermeiros a 100 por cento, refere o sindicalista, estão o Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais e o Instituto da Droga e Toxicodependência.
Entre as unidades hospitalares com maior percentagem de enfermeiros em greve estão a Maternidade Daniel de Matos (94 por cento), Hospital Sobral Cid (92 por cento), Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes (86 por cento), Instituto de Português de Oncologia (75 por cento), Hospital dos Covões (74 por cento), Hospital Distrital de Cantanhede (73 por cento) e edifício central dos Hospitais da Universidade de Coimbra (72 por cento), anunciou.
Dos dez dos 22 centros de saúde do distrito onde o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) efectuou um levantamento estatístico, os de Penela, Góis, Miranda do Corvo e Soure atingiram uma “paralisação total” de enfermeiros.
A greve é motivada pela contestação da classe ao actual processo de negociação de carreiras.
«O Ministério da Saúde inflectiu posições concertadas em reunião com o Sindicato, o que revela uma desorientação, não sabemos se é da gripe ou outra coisa qualquer», declarou o sindicalista, considerando «inadmissível haver enfermeiros com contrato há dez anos».
in http://sol.sapo.pt/
Etiquetas: góis
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