A água que chega às nossas casas em Vila Nova do Ceira
Os nossos antepassados foram muito cuidadosos com a água que forneciam às populações das nossas aldeias, para esse efeito construíram uma colecção de chafarizes dignos de menção. Infelizmente, alguns dos autarcas que temos têm pensado mais em destruir os que ainda existem ou mesmo abandoná-los, pois a água que temos nas torneiras das nossas casas ou é intragável ou sujeita-nos a problemas de saúde, do que em preservá-los.
Há dias, quando estava na casa de banho, ao abrir a torneira em lugar de água limpa saiu um tufo de lixo com água negra, que me deixou deveras preocupado, mesmo perplexo com a surpresa. Alterei o meu plano de trabalho desse dia, fui convidar outro conterrâneo e fomos à procura do nascente, que nos injectava aquela porcaria para casa, que já não é nada barata. Verificámos no local o desprezo que os responsáveis por estes serviços têm pelos cidadãos que pagam os seus impostos; e lá encontrámos o dito nascente cujo nome mais apropriado seria o de "xafurdo lamacento" dentro de uma casota, um pouco maior que a dum cão, à distância de cerca de três metros do rio Ceira com uma grande cheia a transbordar por todos os lados, depois de passar através de montes e vales, que nos diz que parte daquela água nojenta é parte da que sai das torneiras instaladas nas nossas casas. Para nos aliviar destas misérias, resta-nos os cuidados atentos da Delegação de Saúde o que nem sempre acontece. Infelizmente alguns dos actuais autarcas da nossa terra têm pensado mais em destruir os chafarizes que ainda existem, do que reparar ou alindar os que estão para aí abandonados.
Estas obras de arte muito antigas cujos materiais que restavam, como por exemplo o chafariz da Regada, que devem estar por aí nalgum lugar, porque ninguém os comeu, sem que haja notícia que o responsável pela coisa pública se queixasse à respectiva autoridade deste desaparecimento.
E assim terminou a história duma obra construída com muito carinho por um grupo de conterrâneos para o abastecimento de água aos moradores deste lugar da Regada. Mas apesar de todas as incongruências e dificuldades da péssima qualidade da água que temos na distribuição da rede pública acaba de chegar ao nosso conhecimento que a água do chafariz do Adro um autêntico monumento que foi construído naquele lugar, em 1941 pela J. A. de Estradas com nascente e canalização, da serra do Vale da Lapa. Agora chegou ao nosso conhecimento que foi cortada por alguém menos sensível às necessidades das populações.
Este chafariz, um autêntico monumento, é da iniciativa do Dr. Martins Carneiro. Fazemos votos para que este chafariz entre novamente no activo o mais urgentemente possível.
António Fernandes
in Jornal de Arganil, de 12/03/2009
Há dias, quando estava na casa de banho, ao abrir a torneira em lugar de água limpa saiu um tufo de lixo com água negra, que me deixou deveras preocupado, mesmo perplexo com a surpresa. Alterei o meu plano de trabalho desse dia, fui convidar outro conterrâneo e fomos à procura do nascente, que nos injectava aquela porcaria para casa, que já não é nada barata. Verificámos no local o desprezo que os responsáveis por estes serviços têm pelos cidadãos que pagam os seus impostos; e lá encontrámos o dito nascente cujo nome mais apropriado seria o de "xafurdo lamacento" dentro de uma casota, um pouco maior que a dum cão, à distância de cerca de três metros do rio Ceira com uma grande cheia a transbordar por todos os lados, depois de passar através de montes e vales, que nos diz que parte daquela água nojenta é parte da que sai das torneiras instaladas nas nossas casas. Para nos aliviar destas misérias, resta-nos os cuidados atentos da Delegação de Saúde o que nem sempre acontece. Infelizmente alguns dos actuais autarcas da nossa terra têm pensado mais em destruir os chafarizes que ainda existem, do que reparar ou alindar os que estão para aí abandonados.
Estas obras de arte muito antigas cujos materiais que restavam, como por exemplo o chafariz da Regada, que devem estar por aí nalgum lugar, porque ninguém os comeu, sem que haja notícia que o responsável pela coisa pública se queixasse à respectiva autoridade deste desaparecimento.
E assim terminou a história duma obra construída com muito carinho por um grupo de conterrâneos para o abastecimento de água aos moradores deste lugar da Regada. Mas apesar de todas as incongruências e dificuldades da péssima qualidade da água que temos na distribuição da rede pública acaba de chegar ao nosso conhecimento que a água do chafariz do Adro um autêntico monumento que foi construído naquele lugar, em 1941 pela J. A. de Estradas com nascente e canalização, da serra do Vale da Lapa. Agora chegou ao nosso conhecimento que foi cortada por alguém menos sensível às necessidades das populações.
Este chafariz, um autêntico monumento, é da iniciativa do Dr. Martins Carneiro. Fazemos votos para que este chafariz entre novamente no activo o mais urgentemente possível.
António Fernandes
in Jornal de Arganil, de 12/03/2009
Etiquetas: vila nova do ceira
8 Comments:
A Turma Aguas Limpas
José Duilio ( Mota Bombas )
José Nunes ( POrco no Espeto )
Monteiro Presidente da junta de FVNCeira,este é mais vinho limpinho.
Esta turma promete
Boa noite.
Sr. Fernandes contente-se ,pois não e so em V.N.Ceira,no ESPORÂO tambem temos os chafarizes fechados.Sabe Deus com que custo as pessoas trabalharam a mais de 50anos,para terem agua,e agora vem estes modernismos mediucres e fecham tudo.
Imaginamos a alegria que um chafariz deu a um POVO.
Tenho muita pena que os nossos Autarcas não consigam ver um chafariz como um monumento,e mais valor tem ainda,porque geralmente foram erguidos com a MÂO do POVO.
O.Bandeira
sabiam que a Câmara de Gois tem ligada a agua da REDE para lavadouros na Ponte Sotão,Albergaria e Conhais?
Pois mas na P. Sotão no mesmo lavadouro tem uma nascente que esta a correr dia e noite que foi sempre com essa agua que se lavou a roupa,e agora coitada dessa agua, tambem foi desprezada.
Vale sempre a pena, falar nestas coisas,é no Esporão,é assim em muitas aldeias do nosso Concelho,até na Capital,é a mesma desgraça,eles nem respondem ás cartas a solicitar que reponham as torneiras.Mas daqui a uns meses vêm nos pedir que os elegemos.
São uns sem vergonha.
Mas nossa arma está AÍ!...
A.Filipe
O Sr. António Fernandes tem toda a razão, mas como podemos querer que a Câmara tenha respeito pelos monumentos historicos do Concelho, quando a nossa vereadora da Cultura é uma "sopeira" uma doméstica, que de cultura conhece muito pouco, a sorte é que tenho de levar com ela muito pouco tempo, depois vai voltar para casa para lavar as carpetes.
Infelizmente nem só as "sopeiras" são ignorantes.
Na verdade, essa Senhora tem pouco de experiencia de vida cultural e pública.
Mas muito Doutor de canudo, faz bem menos que ela. Não por ignorância, mas, por preguiça, incapacidade ou mesmo iliteracia funcional.
Ai… uns copitos escorregam tão bem!
E umas larachas à mistura?
Isso sim!
O canudo?
Ora, isso foi coisa de obrigação quando os papás impingiram a faculdade!
Agora é-se “qualquer coisa” que dê uns euros valentes, à conta desse sacrifício na juventude.
Aproveitar o canudo para desenvolver, actualizar ou servir?
Isso dá muito trabalho!
Ganha-se por direito!
Qual por competência qual carapuça?
A política é realmente uma "porca". Só para se atingir alguém, agora até os chafarizes são monumentos históricos que não se preservam! Tenham juízo. Na sua grande maioria esses chafarizes não passam de chafurdos impróprios para utilização nos padrões actuais de desenvolvimento que atingimos. A àgua está conspurcada na maior parte dos locais, devido aos envelhecidos ou inexistentes sistemas de captação e canalização. Encerrá-los, por muito que nos custe, é uma medida de saúde pública. E deve ser tomada, ainda que os velhos do Reestelo continuem a viver com uma traso de 50 anos e clamem saudosismos desses "bons" tempos.
Ai silvino Silvino! não tens emenda
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