segunda-feira, 3 de novembro de 2008

“Um olhar atento sobre os mais jovens” em Góis

Sob o mote “Um olhar atento sobre os mais jovens” realizou-se na sexta-feira, em Góis, o 3º Encontro das CPCJ’s da Beira Serra, iniciativa que teve lugar no Auditório da Biblioteca Municipal, e que contou com a presença, entre outras entidades, do director do Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, Mário Ruivo, do presidente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, do vice-presidente da Câmara Municipal de Góis, Diamantino Garcia, do presidente da Assembleia Municipal de Góis, José Carvalho, e do Governador Civil do distrito de Coimbra, Henrique Fernandes.
Este encontro teve como principal objectivo “promover a reflexão e o debate em torno dos percursos de vida dos jovens da sociedade actual”, sendo que os oradores convidados permitiram ajudar “a melhor compreender o desenvolvimento psicológico da criança na relação adulto/profissional – criança/jovem, a distinguir papéis, funções e responsabilidades de vários intervenientes na comunidade educativa, a reflectir sobre a influência da comunicação social nos jovens”.
Durante a sessão de abertura deste encontro, o director do Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, revelando que “não podia deixar de me associar a este momento”, realçou que os oradores “têm dado contributos importantes na melhoria do trabalho em rede das Comissões”. Segundo Mário Ruivo, estas iniciativas permitem ainda “uma troca de experiências”, contando que “sente-se que há uma maior preocupação e atenção para com os problemas das crianças e jovens”, o que acontece igualmente na Segurança Social.
Enaltecendo que as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens do distrito de Coimbra que têm um maior número de casos para resolver são Coimbra, Oliveira do Hospital e Cantanhede, o dirigente da Segurança Social de Coimbra afirmou que se assiste a uma tendência para que as pessoas, embora por vezes com “pequenas questões”, participem os problemas às Comissões. “Há uma actuação mais intensa”, considerou, esclarecendo que existe uma articulação entre a Segurança Social, as Comissões e o Tribunal, para que surja “uma resposta mais eficaz” aos processos apresentados.
Em representação da Câmara Municipal de Góis, Diamantino Garcia deu a conhecer o trabalho desenvolvido pela CPCJ de Góis, destacando que esta entidade “tem sabido defender as nossas crianças, principalmente aquelas que apresentam quadros sociais, familiares, económicos e culturais mais problemáticos”. De acordo com o vice-presidente da autarquia goiense, quando a segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral das crianças estão em perigo, abre-se de imediato “o respectivo processo em sede da Comissão”, com o objectivo de “defender o superior interesse da criança”.
“A escola, a GNR, a Residência de Estudantes, a Acção Social concelhia e os serviços de saúde, além de outras, conhecem bem a realidade circundante e estão na linha da frente na participação e sinalização das situações”, explicou, frisando que no concelho é efectuado um trabalho “em rede”. Assegurando que têm tido e continuarão a ter “um olhar atento sobre os mais jovens”, Diamantino Garcia afirmou que “preservando e defendendo os mais novos, estaremos a construir uma sociedade mais justa, mais feliz, com maiores perspectivas”. “As nossas crianças são o espelho da sociedade da qual fazemos parte”, finalizou, destacando que, concedendo-lhes a igualdade de oportunidades, “ficaremos com a certeza de que alguma coisa fizemos no quadro do respeito pelos princípios da igualdade, da fraternidade e do respeito pela Humanidade”.
Já o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, começou por declarar que “há uma interiorização rara da importância das crianças no desenvolvimento da qualidade humana”, reconhecendo contudo o trabalho desenvolvido pelo Município de Góis, no âmbito do desenvolvimento económico e social do concelho. Armando Leandro congratulou-se com o apoio “muito vincado” da Câmara Municipal e da CPCJ de Góis às questões relacionadas com a protecção das crianças e jovens, agradecendo por sua vez o apoio da Segurança Social concedido às CPCJ’s. De acordo com o dirigente, é fundamental que se estabeleçam parcerias entre as várias entidades que compõem a rede social, para que “colaborem na prevenção primária”.
“A rede social é fundamental”, advogou, explicando que desempenha uma função importante tanto no diagnóstico que é feito dos casos em questão, como na “capacidade de intervenção a favor das crianças”. No entanto, “é também importante que as entidades de base, saúde, educação, Município e segurança social, interiorizem que a sua função é intervir em primeira linha”, acrescentou Armando Leandro, esclarecendo que para tal tem de haver “um consenso com os pais” para que “possam afastar o perigo, garantir a segurança das crianças e promover o seu desenvolvimento”.
Refira-se que ao longo do dia foram abordados diversos temas, nomeadamente no 1º painel, “A criança sujeito de direitos”, por Laborinho Lúcio, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Jubilado; “Figuras do professor tutor, representante da educação e interlocutor”, por Laura Santos, da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco; “Informar, promover, prevenir, dinamizar, uma responsabilidade da sociedade, representada na Comissão Alargada”, por Rui do Carmo, procurador da República no Tribunal da Família e Menores de Coimbra.
Já incluídos no 2º painel, foram focados os seguintes temas: “Interacção e Acções com as CPCJ’s”, por Armando Leandro, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Jubilado e presidente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco; “A influência dos Media nos Jovens”, por Sansão Coelho, jornalista da RTP e professor da Escola Superior de Educação de Coimbra; “As aventuras e desventuras dos meninos da minha vida”, por Fátima Martins, professora da EB 2,3, de Góis, directora da residência de estudantes de Góis e membro da CPCJ de Góis. Este encontro teve ainda como moderadoras Ana Cristina Rosa, jurista da Câmara Municipal de Góis e da CPCJ de Góis, e Helena Moniz, vereadora da autarquia goiense e secretária da CPCJ de Góis.
in www.rcarganil.com

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas que educação, mas que formação têm a domestica para falar em Publico sobre educação!?

28 novembro, 2008 14:52  

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